Beira Baixa e Beiras e Serra da Estrela pedem reavaliação do traçado de alta velocidade

As duas CIM solicitam a reavaliação do traçado da linha de alta velocidade no troço Carregado – Soure, considerando-se os impactos de um traçado a nascente da Serra d’Aire e Candeeiros que preveja a integração com as Linhas do Norte e da Beira Baixa.

As comunidades intermunicipais (CIM) da Beira Baixa e Beiras e Serra da Estrela solicitaram ao Governo a reavaliação do traçado da linha de alta velocidade no troço Carregado – Soure, para “integração” com as linhas Norte e Beira Baixa.


Em comunicado hoje, 15 de novembro, enviado à agência Lusa, as duas CIM “solicitam a reavaliação, no mais curto espaço de tempo, do traçado da linha de alta velocidade no troço Carregado – Soure, considerando-se os impactos de um traçado a nascente da Serra d’Aire e Candeeiros que preveja a integração com as Linhas do Norte e da Beira Baixa”.


A posição foi aprovada, por unanimidade, na reunião do Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) realizada no dia 3 de novembro e da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) que decorreu no dia 8 deste mês.


As duas Comunidades referem na nota que o traçado da linha de alta velocidade entre Lisboa e Porto, apresentado a 29 de setembro, no Porto, pelo primeiro-ministro e pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, “mantém a opção anteriormente selecionada para aquele projeto de alta velocidade, que previa a passagem a poente da Serra d’Aire e Candeeiros”.


“No novo projeto de alta velocidade prevê-se a aplicação de bitola ibérica, pois esta permite uma interligação com a restante rede ferroviária nacional, contribuindo para a redução de tempos de viagem para outros pontos da rede. A decisão tomada no início deste século, relativa a um traçado a oeste da Serra d’Aire e Candeeiros, não teve como pressuposto a utilização de bitola ibérica”, lê-se.


A CIMBB e a CIMBSE acrescentam que com a utilização da bitola ibérica “será possível a integração com as linhas da Beira Baixa e do Norte, num traçado a nascente da Serra d’Aire e Candeeiros, o que aumentará os impactos positivos do projeto de alta velocidade”.


“Nas atuais circunstâncias, a decisão de construir a linha de alta velocidade entre Lisboa e Porto em bitola ibérica, deveria considerar um traçado a nascente da Serra d’Aire e Candeeiros”, defendem.


A alteração do traçado da linha Lisboa – Porto para nascente da Serra d’Aire e Candeeiros “permitirá gerar poupanças significativas no tempo de viagem para Lisboa, para as populações das Beiras e Serra da Estrela e da Beira Baixa”.


Segundo a nota, “estes benefícios estão em linha com a prioridade apresentada pelo Governo de criar impactos positivos para as regiões do interior do país, com a construção do projeto de alta velocidade entre Lisboa e Porto, e promover a coesão territorial nacional”.


A CIM-BSE tem sede na Guarda e é constituída por 15 municípios, sendo 12 do distrito da Guarda (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Meda, Pinhel, Seia, Sabugal e Trancoso) e três do distrito de Castelo Branco (Belmonte, Covilhã e Fundão).


A CIMBB integra os concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco.


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