Fonte, que era terceiro, foi o mais rápido no final dos 193,9 quilómetros e triunfou em 4:48.58 horas, o mesmo tempo de Henrique Casimiro (Efapel) e do colombiano Sergio Higuita (Manzana-Postobón).
Na geral, o ciclista dos ‘dragões’ passou a ter seis segundos de avanço sobre o russo Dimitrii Strakhov (Lokosphinx), anterior líder, e nove sobre o português Joni Brandão (Sporting-Tavira), vencedor em 2016 da primeira edição da prova.
Amanhã corre-se a última etapa, numa ligação de 166,5 quilómetros entre Gouveia e a Guarda, com o pelotão, se as condições atmosféricas o permitirem, a passar pela Torre, na Serra da Estrela, e com a meta a coincidir com uma contagem de montanha de terceira categoria.
O ciclista português César Fonte somou hoje a mais importante vitória da sua carreira nos últimos anos, ao vencer a segunda etapa do Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela e dar a camisola amarela ao W52-FC Porto.
Com o objetivo inicial de trabalhar para o espanhol Gustavo Veloso, César Fonte acabou por se impor no final dos 193,9 quilómetros entre o Sabugal e Seia, e triunfou em 4:48.58 horas, à frente do compatriota Henrique Casimiro (Efapel) e do colombiano Sergio Higuita (Manzana-Postobón).
Contudo, apesar de ter seis segundos de avanço sobre o russo Dimitrii Strakhov (Lokosphinx), anterior líder, e nove sobre o português Joni Brandão (Sporting-Tavira), vencedor em 2016 da primeira edição da prova, César Fonte continua a pensar em nome da equipa.
“O objetivo da equipa é a W52-FC Porto vencer, tanto eu como o Gustavo [Veloso] e o Ricardo [Mestre] tínhamos liberdade para discutir a etapa e a geral. Senti-me bem e consegui levar a melhor. Estamos todos de parabéns”, referiu César Fonte, que diz que o diretor desportivo Nuno Ribeiro é que vai decidir a estratégia para atacar a derradeira etapa.
Com os seis segundos de bonificação das duas metas volantes e os 10 da chegada à Guarda, deixam tudo em aberto para a derradeira etapa da prova beirã, em que apenas 16 segundos medeiam entre o líder e o 13.º classificado.
Os 166,5 quilómetros entre Gouveia e a Guarda, com passagem prevista – se o tempo assim o permitir – pela Torre e uma contagem de terceira categoria coincidente com a meta, prometem luta até final, com nomes como Gustavo Veloso, a 14 segundos, e Joni Brandão a surgirem entre os principais candidatos ao triunfo final.
A segunda etapa, apesar de montanhosa, foi corrida de forma intensa e em excelente ritmo, como provam os 40,261 km/hora de média, sem que, nos primeiros quilómetros, as principais deixassem sair qualquer fuga até à primeira meta volante, instalada em Penamacor.
Aí, Domingos Gonçalves (Rádio Popular-Boavista) passou na frente e somou três segundos de bonificação, mais um do que Joni Brandão e César Fonte.
Após esta primeira meta volante, um grupo de ciclistas conseguiu finalmente sair do pelotão, com o colombiano Yecid Sierra (Manzana Postobón) a isolar-se na frente da corrida, perseguido pelo português Bruno Silva (Efapel) e pelo brasileiro Nicolas Sessler (Burgos-BH).
O colombiano passou na frente as três primeiras de quatro contagens de montanha de segunda categoria e chegou a ter 5.42 minutos de avanço sobre o pelotão, mas acabou por ser apanhado ao quilómetro 155,5, antes da subida para Alvoco da Serra.
A partir daí, as principais equipas, com a norte-americana Rally Cycling em destaque, mas sem grande sucesso no final, levaram a corrida controlada até à meta, onde César Fonte voltou aos triunfos, naquele que será o mais importante da sua carreira desde a vitória numa etapa da Volta a Portugal em 2012.