Festivais da Serra da Estrela, Beiras e Raia Histórica animam 15 municípios

A Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) vai organizar três festivais culturais que integram a realização de espetáculos em 15 municípios, com o objetivo de captar mais turistas para o território.

A programação cultural em rede da CIM-BSE para 2021/2022 visa promover a itinerância e o intercâmbio cultural de eventos entre os 15 municípios do seu território e surge com o objetivo de continuar e consolidar o trabalho desenvolvido no âmbito da operação realizada em anos anteriores com a iniciativa Cultura em Rede das Beiras e Serra da Estrela.

A organização anunciou hoje, em conferência de imprensa, que os projetos iniciam-se em maio e terminarão em outubro de 2022, tendo uma duração de 18 meses.

Segundo o vice-presidente da CIM-BSE, António Machado, que também preside ao município de Almeida, a iniciativa “marca um caminho de afirmação” da Comunidade Intermunicipal no trabalho em rede.

O responsável referiu que o território “precisa de eventos diferenciadores” para atrair visitantes e assume que tem “grande expectativa” no resultado final de um investimento global de cerca de 900 mil euros, sendo 300 mil euros por cada projeto.

O primeiro secretário executivo da CIM-BSE, António Ruas, explicou que serão desenvolvidos três projetos culturais – Festival Cultural da Serra da Estrela, Festival Cultural das Beiras e Festival Cultural da Raia Histórica – que abrangem cinco municípios cada, e que terão como líderes os municípios de Figueira de Castelo Rodrigo, Seia e Sabugal.

A iniciativa visa desenvolver projetos artísticos em coprodução nas várias áreas artísticas com o envolvimento dos artistas e agentes culturais locais e da comunidade, assumindo as associações um papel importante no processo.

Os festivais são cofinanciados pelo Centro 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

No encontro com os jornalistas foi também anunciada a realização, numa parceria da CIM-BSE e da candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura 2027, do evento “CIMfonia”, que inclui 17 concertos itinerantes dirigidos por orquestras nacionais, que irão percorrer todo o território das Beiras e Serra da Estrela e ainda os municípios de Aguiar da Beira e de Vila Nova de Foz Côa, entre os meses de maio e novembro.

A Orquestra Filarmónica Portuguesa e Raquel Camarinha estreiam na Guarda, a 09 de maio, o palco da “CIMfonia”, seguindo-se concertos pelos restantes municípios.

Também será realizada uma “Bolsa Artística para a Itinerância Cultural”, que assenta num conceito de colaboração e cooperação entre os municípios que compõem a CIM-BSE, que se unem com o desígnio de afirmar a cultura identitária das Beiras e Serra da Estrela.

As bolsas artísticas “não só visam incrementar a economia local e dar um novo alento aos agentes culturais locais, mas também promover uma maior participação da comunidade na vida cultural, na formação de novos públicos e na itinerância de espetadores que fortalecem os laços comunitários a nível intermunicipal”.

A iniciativa abrange três fases, sendo a última a de apresentação de 75 espetáculos (cinco por município).

A CIM-BSE, que tem sede na cidade da Guarda, é constituída por 15 municípios, sendo 12 do distrito da Guarda (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Meda, Pinhel, Seia, Sabugal e Trancoso) e três do distrito de Castelo Branco (Belmonte, Covilhã e Fundão).


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