Proteção Civil quer “melhores comodidades” para dispositivo da Serra da Estrela

O presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) mostrou-se esta segunda-feira “preocupado” com o acomodamento das forças de segurança da Serra da Estrela, tendo a secretária de Estado da Proteção Civil dito que estão a melhorar as condições.

“Continuo, como presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a tentar arranjar as melhores soluções de acomodamento das forças que aqui estão. (…) Continuo muito preocupado com as situações de acomodação dos elementos dos corpos de bombeiros e da força especial de proteção civil que aqui estão”, assumiu José Duarte Costa.

O presidente da ANEPC falava durante a apresentação do Plano Nacional de Operações da Serra da Estrela, perante elementos de várias entidades que constituem o dispositivo da proteção civil que hoje foi reforçado, até depois da Páscoa.

“Podíamos fazer melhorias pontuais para as forças que aqui estão, mas na realidade (…) estamos a precisar de uma nova instalação, de uma nova estrutura que acomode, mais do que condignamente, que acomode todas estas forças para elas estarem mais aptas e mais capazes para poderem desenvolver as suas ações”, defendeu.

O responsável referia-se principalmente a comodidades para os corpos de bombeiros e a força especial de proteção civil que atuam na Serra da Estrela e que “também possam agregar outras entidades e outras forças que, sendo agentes de proteção civil, precisam aqui de ter uma capacidade melhorada em termos de condições”.

José Duarte Costa admitiu saber que, “a breve prazo, haverá desenvolvimentos”, tendo em conta conversas realizadas “há poucos dias com o senhor diretor geral de recursos de Defesa Nacional”.

Uma reivindicação a que se juntou o presidente da Câmara Municipal de Seia, Luciano Ribeiro, que hoje foi anfitrião na torre da Serra da Estrela, na apresentação do dispositivo de segurança, que aumentou “em cerca de 30%” para as épocas festivas.

“Estamos a fazer pressão junto do Ministério da Defesa Nacional para que ainda este Governo possa protocolar devidamente com os municípios [Seia, Covilhã e Manteigas] a cedência do seu edificado na Torre para que possam gerir e acomodar não só as forças de segurança e de proteção civil, mas que também possam ser mais um atrativo e chamariz no que diz respeito ao turismo e valorização deste espaço”, argumentou Luciano Ribeiro.

Por seu lado, a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, assumiu aos jornalistas, no final da cerimónia, que “tem havido um esforço enorme, quer das autarquias, quer da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil para tentar melhorar essas condições”.

“Estamos com algumas negociações em curso e esperamos que elas possam resultar em sucesso para bem de todos os operacionais que aqui estão, porque, como podem ver, o ambiente aqui em cima nos dias mais difíceis não é fácil, em termos de condições meteorológicas”, afirmou.

Patrícia Gaspar aproveitou ainda a cerimónia para anunciar que assinou um despacho que dá um “aumento ao subsídio anual, que passou a ser pago, de há uns anos a esta parte, a todos os seis corpos de bombeiros que integram este dispositivo”.

“Este subsídio foi aumentado já para o ano que vem e passamos de cinco mil euros para seis mil euros anuais” por cada uma das seis corporações dos bombeiros de Loriga, São Romão, Gouveia, Seia e Manteigas (distrito da Guarda) e da Covilhã (Castelo Branco), anunciou a governante.


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