Definido grupo de trabalho para o Programa de Revitalização da Serra da Estrela

O Programa de Revitalização do Parque Natural da Serra da Estrela tem em vista o desenvolvimento económico e social da região.

A Resolução do Conselho de Ministros que aprova medidas em consequência do incêndio florestal na serra da Estrela, publicada hoje, 27 de setembro, em Diário da República, define o grupo de trabalho para elaborar o Programa de Revitalização da área protegida.


O Conselho de Ministros decidiu desenvolver, sob a coordenação política do membro do Governo responsável pela área da coesão territorial, através da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR Centro), um Programa de Revitalização do Parque Natural da Serra da Estrela (PRPNSE) e demais concelhos da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, “com o envolvimento das diferentes áreas governativas, em função da matéria, que asseguram a articulação com os respetivos organismos e entidades”.


O PRPNSE tem em vista o desenvolvimento económico e social da região.


Segundo o texto hoje publicado em Diário da República, o grupo de trabalho responsável pela elaboração do PRPNSE é constituído pela Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, pelos municípios do PNSE (Celorico da Beira, Covilhã, Gouveia, Guarda, Manteigas e Seia), pela Universidade da Beira Interior (Covilhã) e pelo Instituto Politécnico da Guarda.


Também inclui representantes da ADIRAM – Associação de Desenvolvimento Integrado da Rede das Aldeias de Montanha, da Associação Geopark Estrela, dos Laboratórios Colaborativos Forestwise e MORE, das associações de produtores agroflorestais e associações empresariais, e “outras entidades que se venham a tornar relevantes consoante a área de intervenção”.


O PRPNSE incide sobre os seguintes domínios temáticos: Pessoas, Inovação Social, Demografia e Habitação; Economia, Competitividade e Internacionalização; Ambiente, Proteção Civil, Florestas, Agricultura e Ordenamento; Cultura, Turismo e Marketing Territorial.


Está também decidido que o PRPNSE “deve ponderar iniciativas em curso para o território que envolvam financiamento público e integrar um cronograma e identificar os beneficiários, as áreas governativas responsáveis pela sua implementação e as fontes de financiamento”.


“Estabelecer que o acompanhamento da execução do PRPNSE compete a uma comissão de acompanhamento, cuja composição, estrutura e regras de funcionamento são fixadas por despacho do membro do Governo responsável pela área da coesão territorial”, é outra das deliberações da Resolução do Conselho de Ministros que entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.


Ainda de acordo com o documento, o PRPNSE “constitui-se como um Programa Integrado de Desenvolvimento Regional do Território, com foco em diferentes domínios temáticos, identificando medidas e projetos a implementar no curto e médio prazo, que deverão promover o desenvolvimento sustentável da região, a recuperação e revitalização do seu património natural e biodiversidade, a inovação e o investimento para a revitalização dos setores produtivos e diversificação da base económica da região, combatendo a perda demográfica e tornando o território mais resiliente às alterações climáticas e aos seus efeitos, preservando e valorizando o seu principal ativo patrimonial, o PNSE e todo o seu ecossistema”.


A Resolução do Conselho de Ministros declara como excecional e particularmente afetados pelos incêndios rurais os concelhos do PNSE (Celorico da Beira, Covilhã, Gouveia, Guarda, Manteigas e Seia) bem como todos os concelhos com uma área ardida acumulada, em 2022, igual ou superior a 4500 hectares ou a 10% da respetiva área.


O grande incêndio na serra da Estrela deflagrou no dia 06 de agosto em Garrocho, no concelho da Covilhã (distrito de Castelo Branco) e rapidamente alastrou a outros concelhos da zona da serra da Estrela.


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