O percurso pedestre da Grande Rota do Douro Internacional e Vinhateiro está concluído, apresenta uma extensão de cerca de 200 quilómetros, atravessando seis concelhos do Douro Superior, permitindo a descoberta de dois troços únicos do rio Douro.
Com a indicação de “GR36”, é uma grande rota de traçado linear com extensão total próxima dos 200 quilómetros e que atravessa os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Torre de Moncorvo, Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa.
“O canal da Grande Rota está complexamente concluído, faltando apenas a homologação das entidades competentes, tais como a Federação Nacional de Pedestrianismo. São cerca de 200 quilómetros de pura beleza natural “, disse à Lusa o presidente da Associação de Municípios do Douro Superior (AMDS), Nuno Gonçalves.
Este grande percurso permite a ligação das Arribas do Douro Internacional aos socalcos do Douro Vinhateiro, com uma envolvência de paisagens considerada “das mais impressionantes do território português”, numa viagem que se pode fazer a pé.
“Não temos a menor dúvida de que esta nova rota será um ponto marcante e um ponto-chave para o turismo e aos projetos associados que permitirão a descoberta de um território único ao longo do rio Douro”, observou o autarca.
A área protegida do Douro Internacional e o Douro Vinhateiro vão ficar “unidos” através de uma rota turística com cerca de 200 quilómetros de extensão, num corredor “verde” ligando cinco municípios transmontanos ribeirinhos do Douro.
“A ideia passa por levar a cabo projetos de cooperação intermunicipal, através de uma rota turística e cultural que vai abranger uma extensão de 200 quilómetros ao longo do território de cinco concelhos, ficando a figurar como umas das maiores rotas turísticas em Portugal”, disse o responsável pela AMDS, entidade que a quem cabe a gestão do projeto.
Na opinião dos promotores da Grande Rota, este poderá ser o primeiro de uma série de projetos ligados ao património material e imaterial, onde vão entroncar um conjunto de outras pequenas rotas turistas concelhias e já em fase avançada de criação e sinalização.
“Temos dois tipos de paisagem: a mais natural e agreste do Douro Internacional e outra já trabalhada pela ação do homem, como são os socalcos do Douro Vinhateiro, onde são produzidos alguns dos melhores vinhos do Mundo”, enfatizou o também autarca de Torre de Moncorvo.
A generalidade dos percursos pedestres insere-se em espaços de “elevado” valor patrimonial, histórico, cultural, e paisagístico, que potenciam o turismo e economia dos concelhos abrangidos e que contribuem para “a saúde e bem-estar dos seus utilizadores”.
Para os responsáveis dos seis municípios do Douro Superior, pretende-se, igualmente, dar um contributo para que o Parque Natural do Douro Internacional e o Alto Douro Vinhateiro se afirmem cada vez mais como “um destino turístico de excelência”, no âmbito do Turismo de Natureza.
Seguindo o sentido norte-sul, nos três primeiros concelhos desta Grande Rota (Miranda do Douro Mogadouro e Freixo de Espada à Cinta), o visitante terá a oportunidade de desfrutar das paisagens planálticas, a uma altitude média que ronda os 700 metros, onde subitamente se encontra o rio Douro, encaixado em granitos sobranceiro a escarpas com mais de 150 metros de altura.
Nos concelhos mais a sul, como Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa, o visitante terá a oportunidade de usufruir de tranquilas e imponentes paisagens onde termina o Douro Internacional e começa o Alto Douro Vinhateiro.
Nos territórios abrangidos por esta Grande Rota, habitam espécies únicas (animais e vegetais), algumas delas em vias de extinção que importa preservar.
O investimento nesta grande rota rondou os 350 mil euros provenientes de fundos comunitários.