Os “Prémios Construir 2014” são atribuídos pelo Jornal “Construir” em parceria com a revista “Anteprojetos”.
Pedro Novo não esconde a surpresa pelos prémios, cuja votação decorreu on line, e também pela nomeação para duas categorias do seu “pequeno” atelier em Lisboa, que conta com apenas uma década de existência “as nomeações para nós foi uma surpresa tremenda, ainda mais quando fomos nomeados para duas categorias, aquilo que senti na entrega foi também uma surpresa porque não estávamos à espera que viesse este reconhecimento a um atelier que tem ainda um longo caminho pela frente e há pouco tempo que está na estrada”.
Para Pedro Novo, estas distinções premeiam o esforço desenvolvido pela equipa na última década, mas marcam também um momento de viragem “eu disse na cerimónia de entrega que este prémio não era do Pedro Novo nem do atelier, era dedicado a toda uma geração que hoje sangra suor e lágrimas e que não tem outra alternativa senão emigrar, e eu acredito que é um momento de viragem porque de algum modo todo o sacrifício que fomos tendo, na dinâmica do escritório, hoje começa a ter alguns frutos ao nível da implementação no mercado, na maneira como as pessoas olham para nós e, acho que o prémio representa isso, neste momento temos uma marca de qualidade”.
Pedro Novo, o arquiteto fundanense que partiu da cidade aos 18 anos e que recentemente reacendeu “a paixão que estava adormecida pelo Fundão”. Foi nesse sentido que organizou todas as edições do Pechakucha e que se prepara para expor na moagem, no próximo mês de novembro, os seus trabalhos de curadoria e um projeto expositivo do seu atelier sobre o património artitetónico do séc. XX do concelho do Fundão.
