PS questiona Ministro do Planeamento sobre eventual encerramento dos CTT em Fornos de Algodres e Manteigas

O deputado eleito pelo círculo da Guarda pergunta ao Ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, se o governo tem alguma responsabilidade direta ou indireta no encerramento de estações dos CTT.

O deputado socialista Santinho Pacheco, questionou hoje o Ministro do Planeamento e Infraestruturas sobre o possível encerramento das estações do CTT em Fornos de Algodres e Manteigas.

O deputado eleito pelo círculo da Guarda pergunta ao Ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, se o governo tem alguma responsabilidade direta ou indireta no encerramento de estações dos CTT e o que o executivo pode fazer para obrigar a empresa CTT ao cumprimento escrupuloso do serviço público de correios.

Adicionalmente, Santinho Pacheco questiona o ministro sobre de que forma pode o governo contribuir para que exista um serviço postal de qualidade em Fornos de Algodres e Manteigas. O parlamentar pergunta ainda quais as consequências da prática reiterada em várias regiões do país, no interior em particular, da ausência de lojas da empresa CTT.

Na pergunta dirigida ao ministro, o deputado refere que se tem assistido “à destruição paulatina e progressiva de uma empresa que nunca devia ter sido privatizada por se encontrar obrigada a prestar um serviço público e universal de correios, com a distribuição de dividendos aos acionistas muito superiores aos respetivos resultados líquidos com a redução dos serviços ou a sua transferência para terceiros com a natural perda de qualidade”.

Santinho Pacheco refere que o encerramento de lojas um pouco por todo o país “faz parte de uma estratégia bem definida de redução de custos a qualquer preço”, acrescentando que esta decisão integra a “lógica do neoliberalismo puro e duro começar sempre a reestruturação de qualquer empresa ou serviço pelos territórios mais despovoados e envelhecidos, eufemisticamente designados de baixa densidade”.

Na pergunta ao Governo, o parlamentar recorda que no ano passado, no distrito da Guarda, foi o balcão da Caixa Geral de Depósitos a encerrar para acrescentar que “o interior já está habituado a ser assim tratado”, colocando “em causa um serviço de proximidade, com a diminuição drástica dos recursos humanos ou o natural descontentamento das populações pelo elevado tempo de espera, o consequente aumento das reclamações perante a fraca qualidade do serviço prestado em comparação com o passado”, conclui o deputado.


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