O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou no sábado que o investimento na ferrovia na ligação a Espanha é fundamental, para o interior deixar de ser as traseiras do litoral e passar a ser a porta para o mercado ibérico.
“Nós dissemos que o interior tinha de deixar de ser visto como um problema para o país e que tinha que passar a ser visto como uma oportunidade para o país e que isso passava por duas coisas: em primeiro lugar, por valorizar os recursos próprios destas regiões e, por outro lado, por reforçar a ligação com Espanha, para que o interior deixe de ser as traseiras do litoral e passe a ser nossa porta avançada para crescermos no conjunto do mercado ibérico, para os 60 milhões de pessoas que vivem na Península Ibérica”, afirmou António Costa.
O secretário-geral do PS, que falava durante um almoço-convívio em Castelo Branco, no âmbito da pré-campanha para as eleições legislativas de 06 de outubro, considerou que governar exige fazer escolhas.
“E por isso, quando nós escolhemos onde devíamos dar prioridade ao investimento, uma das prioridades que definimos na ferrovia foi a ligação a Espanha através da linha da Beira Alta e da linha da Beira Baixa”, sustentou.
Costa afirmou que essas obras deixaram de ser daquelas que só aparecem nos discursos: “São obras que estão hoje a andar, estão no terreno e vão ser acabadas a tempo e horas para termos uma melhor ligação a Espanha”.
O secretário-geral do PS explicou também que foi também por isso que no Plano nacional de Infraestruturas o Governo inscreveu outra obra fundamental, uma rodovia de ligação a Espanha.
“Inscrevemos uma obra fundamental para ligar a A23 a Espanha que é o IC 31 e essa vai ser também uma outra realidade, porque é tão importante ligar o interior ao litoral, como mais importante ainda é ligar o interior a Espanha”, sustentou.
Contudo, sublinhou que não basta ter serviços e infraestruturas e defendeu que as empresas são fundamentais para a criação de postos de trabalho para revitalizar todo o interior do país.
“É o emprego que permite fixar quem cá vive e atrair quem pode vir para cá viver. E foi por isso que ao contrário de outros que querem reduzir impostos para todas as empresas sejam elas quais forem e estejam onde estiverem, nós entendemos que o que era necessário, era concentrar o esforço do benefício fiscal nas empresas que se instalem no interior para aqui criarem postos de trabalho, fixarem população e que atraiam novos residentes”, concluiu.