A palavra ‘Douro’ é quase certa em qualquer ocasião vínica pelo valor da cultura da vinha e do vinho, pelo seu património paisagístico e pela sua diversidade. Com o propósito de enaltecer a sub-região do Douro Superior no mapa vitivinícola do país, a cidade de Vila Nova de Foz Côa recebe, nos próximos dias 17, 18 e 19 de maio, a 8.ª edição do ‘Festival do Vinho do Douro Superior’ (FVDS), que volta a ter como palco principal o EXPOCÔA – Centro de Exposições de Vila Nova de Foz Côa. O evento é organizado pela Câmara Municipal de Foz Côa em parceria com a publicação ‘Vinho Grandes Escolhas’.
Diz o ditado que “primeiro estranha-se, depois entranha-se”. O Festival do Vinho do Douro Superior’ , estreado no final de 2012 como uma pequena feira regional, rapidamente passou a fazer parte do calendário dos grandes eventos vínicos do país, contribuindo decisivamente para a afirmação da identidade do Douro Superior.
De vários pontos do país, das ilhas e até do estrangeiro, são vários os enófilos que se repetem de ano para ano. Alguns já passaram de visitantes a “caras conhecidas” dos produtores, que ultrapassam as seis dezenas e que vêem o festival como um importante momento de divulgação dos seus vinhos (a altura do ano é propícia à apresentação de novidades). O Douro Superior brinda-nos, ano após ano, com vinhos do Porto, brancos e tintos de qualidade e características singulares, o que comprova a evolução da produção vínica nesta sub-região do Douro.
Para além de néctares com berço no Douro Superior, o certame é também uma mostra de produtos alimentares típicos da região, que abrange os concelhos de Vila Nova de Foz Côa, Carrazeda de Ansiães, Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Mêda, São João da Pesqueira, Torre de Moncorvo e Vila Flor. Falamos de azeite, queijos, enchidos, doces e compotas, mas também da amêndoa – rainha na região – e seus derivados. O ouro líquido será ainda alvo de uma Prova Comentada, sob a batuta do expert Francisco Pavão.
Há ainda um vasto programa de atividades, onde se destacam o colóquio, que este ano traz à discussão, na manhã de sábado, o tema “Foz Côa, ponto de convergência de todas as proximidades”; e três provas de vinhos – “Grandes tintos do Douro Superior” (dia 17), “Grandes brancos do Douro Superior” (dia 18) e “Vinho do Poeto” (dia 19) – comentadas, respetivamente, pelos jornalistas e críticos de vinho da Grandes Escolhas Fernando Melo, Valéria Zeferino e Luís Ramos Lopes, e muito disputadas.
No âmbito do festival volta a realizar-se o relevante ‘Concurso de Vinhos do Douro Superior’, aberto a todos os que produzam vinhos nesta sub-região nas categorias Douro (branco e tinto) e vinhos generosos, que queiram participar e estejam presentes na feira. A avaliação é efetuada por um painel de jurados bastante ecléctico, mas acima de tudo, bastante conhecedor e que junta jornalistas, bloggers especializados, representantes do comércio e outros líderes de opinião. Uma das características mais salientada neste concurso é a grande qualidade dos vinhos concorrentes já que, ao contrario do acontece na generalidade destas competições, aqui as grandes marcas e os vinhos mais prestigiados não deixam de marcar presença.