Livro de Alfredo Cunha com imagens da Revolução é lançado hoje em Lisboa

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Alfredo Cunha nasceu em 1953, em Celorico da Beira, e em 1970 iniciou a carreira profissional em fotografia.

O livro “25 de Abril de 1974, quinta-feira”, de Alfredo Cunha, que documenta a queda da ditadura do Estado Novo, reunindo imagens, memórias e testemunhos em redor da Revolução, tem lançamento oficial, hoje, na sede da UCCLA, em Lisboa.

“25 de Abril de 1974, quinta-feira” foi editado em novembro pela Tinta-da-China e apresentado na semana passada na Amadora, no contexto das celebrações dos 50 anos do 25 de Abril neste concelho, onde o fotógrafo Alfredo Cunha iniciou a carreira de fotojornalista, nos primeiros anos da década de 1970, como repórter do Notícias da Amadora.

O lançamento, hoje, na sede da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), em Lisboa, está integrado nas comemorações oficiais dos 50 anos do 25 de Abril, e tem anunciada a presença do fotógrafo, assim como do militar de Abril Carlos Matos Gomes e do jornalista Adelino Gomes, que acompanhou os acontecimentos dessa quinta-feira em que caiu a ditadura, e que participam no livro.

Alfredo Cunha organizou “25 de Abril de 1974, quinta-feira” em três partes, a partir do seu trabalho fotográfico.

A primeira, intitulada “Da Guerra à Liberdade”, tem textos originais de Carlos de Matos Gomes; a segunda, que dá nome à obra, tem textos de Adelino Gomes. Por fim, “Depois de Abril” conta com a contribuição do historiador Fernando Rosas. O prefácio é de Luís Pedro Nunes.

As gravuras de Alexandre Farto/Vhils estão na capa e nos separadores do livro.

“25 de Abril de 1974, quinta-feira” é também uma exposição patente na Galeria Artur Bual – Casa Aprígio Gomes, na Amadora, inaugurada no passado sábado, com a exibição de um filme sobre as imagens do fotógrafo, sonorizado pelo músico Rodrigo Leão.

Alfredo Cunha nasceu em 1953, em Celorico da Beira, e em 1970 iniciou a carreira profissional em fotografia, colaborando, ao longo da carreira, com jornais como O Século, Público e Jornal de Notícias, entre outros.

Foi fotógrafo oficial dos presidentes da República Ramalho Eanes e Mário Soares, e recebeu a comenda da Ordem do Infante D. Henrique.

Em novembro, o Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira, inaugurou a exposição “Alfredo Cunha – Photographo”, que acompanha os mais de 50 anos do seu percurso.

Patente até 11 de maior, esta a mostra está dividida nos núcleos “Revolução do 25 de Abril e Descolonização”, “Mundo”, “Portugal”, “Conflito”, “Religião” e “Retratos”.

Alfredo Cunha tem publicado diversos livros de fotografia, entre os quais “Raízes da Nossa Força” (1972), “Naquele Tempo” (1995), “Cortina dos Dias” (2012), “Os Rapazes dos Tanques” (2014), “Retratos 1970-2018” (2018), “O Tempo das Mulheres” (2019) e “Leica Years” (2020).

Em 2022, a Imprensa Nacional lançou um livro intitulado “Ph.09 Alfredo Cunha” também sobre as cinco décadas de sua atividade fotográfica.

Alfredo Cunha é ainda um dos 28 artistas da exposição “Liberdade – Portugal, lugar de encontros”, que a UCCLA vai inaugurar a 08 de fevereiro, para assinalar os 50 anos de Abril, com seleção curatorial de João Pinharanda.


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