Federação do Caminho de Santiago vai implementar estratégia nacional

Pinhel, Guarda, Belmonte, Castelo Branco, Covilhã e Fundão integram os municípios fundadores da Federação Portuguesa do Caminho de Santiago (FPCS).

Pinhel, Guarda, Belmonte, Castelo Branco, Covilhã e Fundão integram os municípios fundadores da Federação Portuguesa do Caminho de Santiago (FPCS). O convénio foi assinado na passada sexta-feira, em Vila Pouca de Aguiar.

A criação desta federação foi coordenada pela Câmara de Vila Pouca de Aguiar, que é a representante nacional da Federação Europeia dos Caminhos de Santiago, e é neste município do distrito de Vila Real que vai ficar sediada a associação de caráter cultural sem fins lucrativos.

Presente na iniciativa, o presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Luís Pedro Martins, afirmou que os caminhos de Santiago são um dos “principais produtos turísticos da região”, que atraem pessoas por diversas razões, “desde a fé, o contacto com a natureza e gastronomia, vinhos, enoturismo”.

O responsável referiu que estas vias estão a ajudar a alavancar empresas e elencou exemplos como as que ajudam “a transportar mochilas, as bicicletas ou mesmo outras que proporcionam fazer o caminho a cavalo”.

“O nosso trabalho será promover tudo isto em Portugal, mas também a nível internacional”, frisou.
Para o efeito, a TPNP preparou uma candidatura, recentemente aprovada, que vai aplicar cerca de 90 mil euros na promoção dos caminhos de Santiago.

A federação agrega cerca de 60 entidades, entre municípios e associações de peregrinos, e tem como objetivo a promoção, divulgação, organização e gestão dos caminhos de Santiago em território nacional.

Pretende-se ainda delinear e implementar “uma estratégia comum em todo o país”, bem como uma “sinalética igual” nestas vias de peregrinação.

A federação visa também “revitalizar e dinamizar as variantes do Caminho Português de Santiago como importantes vias de peregrinação a Santiago de Compostela, recuperando, preservando e promovendo também o património histórico-cultural e religioso associado ao caminho, a interculturalidade dos povos e impulsionando o desenvolvimento económico, social e ambiental das regiões atravessadas”.

Os caminhos de Santiago, que atravessam Portugal de sul para norte, são seguidos pelos peregrinos há séculos e têm como destino a Catedral de Santiago de Compostela, em Espanha.

Atualmente podem identificar-se três percursos principais: o Caminho da Costa que parte do Porto, atravessa o Minho até Espanha, o Caminho Interior que liga Viseu a Chaves, com saída para Espanha por Vilarelho da Raia, e o Caminho Central Português que sai da Sé de Lisboa e passa por Tomar, Coimbra até entrar no Porto e seguir depois para Norte.


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