Empresário da Guarda recupera antigas casas da Linha do Douro para fins turísticos

O empresário Paulo Romão, proprietário do empreendimento turístico Casas do Côro, na Aldeia Histórica de Marialva, Mêda, vai recuperar antigas casas da desativada Linha Ferroviária do Douro, entre Pocinho e Barca d’ Alva, para fins turísticos.

O projeto “marítimo-turístico” que Paulo Romão está a desenvolver junto do rio Douro, no antigo troço ferroviário entre Pocinho (Vila Nova de Foz Côa) e Barca d’ Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), na área do distrito da Guarda, inclui a recuperação das antigas casas de manutenção da linha férrea, após vencer o concurso de concessão lançado pela Infraestruturas de Portugal.

“2021 marca-se pelo arranque do investimento na Estação do Côa [que servia Vila Nova de Foz Côa], onde vamos fazer uma unidade de alojamento. E, depois, a montante e a jusante da Estação do Côa, vão surgir as pequenas casas com suítes à beira de água, num projeto completamente autónomo”, disse o empresário à agência Lusa.

O responsável referiu que algumas das casas “não têm acesso sequer por terra, só por água”, e “todas elas vão ter o seu embarcadouro, vão ter a sua situação adaptada a um investimento marítimo-turístico”.

“É um ano em que estamos com muito entusiasmo, porque testámos o ano passado com a primeira casa da linha férrea na parte da restauração e, neste momento, vamos ampliar o conceito ao alojamento. Abre-nos uma janela nova de oportunidade”, disse.

Paulo Romão explicou que a primeira fase do investimento, a realizar este ano, será superior a um milhão de euros.

O empresário disse tratar-se de um projeto “ambicioso”, que contribuirá para o alargamento das experiências proporcionadas aos clientes no complexo das Casas do Côro, instalado na Aldeia Histórica de Marialva, no concelho de Mêda, distrito da Guarda.

O projeto das Casas do Côro foi evoluindo ao longo dos últimos 20 anos de forma “muito sustentada e ampliando aquilo que são as suas experiências”, disse.

O complexo turístico possui atualmente 31 quartos e “tem todas as valências de qualquer hotel de cinco estrelas”.

Segundo o empresário, a unidade dispõe de um Spa (com 600 metros quadrados), um restaurante e um ‘Pool Bar’ (aberto seis meses por ano com refeições na parte da piscina exterior).

A empresa também tem associada a componente do vinho, possuindo uma plantação de 14 hectares de cepas de vinho branco na Aldeia Histórica de Marialva.

Disponibiliza também um conjunto de ‘hotspots’, como o ‘sunset@camionete’, o ‘secret spots’, piqueniques na vinha e passeios de barco no rio Douro.

As Casas do Côro funcionam diariamente com 25 pessoas e o número de colaboradores aumenta nos meses de verão.

É um projeto que assenta “num conceito de alojamento experiencial, onde as pessoas conseguem ter uma estada prolongada, com muita coisa para fazer durante os dias em que ficam”, concluiu Paulo Romão.


Conteúdo Recomendado