“A beatificação exige duas coisas: o reconhecimento das virtudes heróicas, que já foi feito, e depois que haja um milagre a confirmar, digamos o dedo de Deus a confirmar o reconhecimento que por parte das instituições da igreja foi feita às virtudes heróicas, esse processo está em Roma para reconhecimento do milagre, esperamos a toda a hora que nos chegue a notícia que ele foi reconhecido, e temos as condições para marcar a beatificação de D. João Oliveira Matos na nossa diocese, porque a beatificação é sempre feita nas dioceses com a presença de um representante do Papa”.
D. Manuel Rocha Felício enaltece as virtudes de D. João Oliveira Matos que foi bispo auxiliar da diocese da Guarda durante 39 anos, 1923 a 1962 “em tempos em que os bispos residenciais não tinham esta presença junto das populações que ele teve, passava semanas por aí nas terras, nos arciprestados, nas paróquias, é um homem que tem um perfil de proximidade único e que se notabilizou por esta causa de entrega à comunidade”.
D. João Oliveira Matos nasceu no dia 1 de março de 1879 na aldeia de Valverde, no concelho do Fundão, onde a sua casa foi transformada em Museu, foi fundador da liga dos servos de Jesus, durante cerca de 40 anos foi bispo auxiliar da Guarda, permaneceu sempre como bispo auxiliar devido à sua débil saúde. A sua mais elevada virtude, como se pode ler no decreto do papa Francisco “foi a caridade pastoral”.