O presidente da Câmara de Foz Côa disse hoje, dia 23 de janeiro, que a barragem do Catapereiro retomou a produção de energia e que o empreendimento eletroprodutor se encontra na sua cota máxima, após um período de baixas reservas devido à seca.
“A barragem, durante o ano de 2022, não trouxe lucro à autarquia e também não podemos dizer que deu prejuízo. O que é certo é que, desde dezembro, a barragem do Catapereiro volta a produzir eletricidade e está com o seu caudal em pleno”, explicou à Lusa, João Paulo Sousa, indicando que a produção “parou em março/abril” de 2022.
Segundo o autarca social-democrata do distrito da Guarda, a manter-se este caudal na barragem, após as chuvas de dezembro e janeiro, “ficaremos com um valor de faturação que ultrapassa os 300 mil euros por mês (ilíquidos)”.
“Se até abril mantivermos esta faturação ilíquida [mais de 300 mil euros/mês], o município terá um rendimento substancial. Não consigo fazer mais estimativas, porque ainda não há elementos disponíveis. Mas estou certo de que o ano será bom para o município, no que diz respeito à produção de energia da barragem da Catapereiro”, disse.
Em janeiro de 2022, em pleno período de seca, João Paulo Sousa avançava à Lusa que em 2021 a barragem produziu cerca de 1,5 milhões de euros [brutos] de eletricidade que foi comercializada com a EDP.
Já em 2022, este rendimento ficou “muito comprometido, devido à seca”.
Esta barragem é gerida pela empresa Ribeira da Teja, da qual o município de Vila Nova de Foz Côa, no Douro Superior, tem 56% do capital, estando o empreendimento localizado na parte norte deste concelho.
A barragem do Catapereiro situa-se na ribeira da Teja, tendo sido projetada em 1992 e entrando em funcionamento em 1999.