Seia integra três projetos de Cultura em Rede

Projetos apostam na valorização e promoção dos territórios e das suas identidades culturais, e funcionarão na lógica de partilha de experiências, com dinâmicas de capacitação de artistas e grupos culturais, resultando numa programação cultural diferenciadora.

O Município de Seia integra três candidaturas aprovadas no âmbito da “Programação Cultural em Rede”, do Programa Operacional do Centro: “Festival Cultural da Serra da Estrela”, “Projeto 5 _ 5 Municípios. 5 Culturas. 5 Sentidos” e “Terras da Transumância”. Os projetos rondam os 900 mil euros, verba repartida pelos vários municípios que integram cada projeto.

O projeto “Festival Cultural da Serra da Estrela”, liderado por Seia, dará continuidade à rede cultural que foi criada entre os Municípios de Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Manteigas e Seia e da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE), no âmbito da operação “Cultura em Rede das Beiras e Serra da Estrela”.
O festival, que vai ser apresentado publicamente para a semana, visa a criação de uma rede de itinerância e intercâmbio cultural, por forma a apoiar os agentes e a economia local, bem como a definir e implementar um plano integrado de animação cultural.
O projeto tem uma duração de 18 meses e promoverá a visitação do território e a promoção e valorização da sua identidade, da sua comunidade e da sua cultura.
Este festival inclui a iniciativa CIM Fonia BSE, diretamente associada à candidatura da Guarda enquanto candidata a Capital Europeia da Cultura 2027, e contempla a realização de um concerto em cada um dos 5 municípios.
Os espetáculos serão dirigidos por orquestras nacionais e incluem a realização de masterclasses que irão privilegiar a interligação com outras artes performativas, a literatura, o paisagismo, a arquitetura, a fotografia, numa vertente elucidativa e pedagógica.

O “Projeto 5 _ 5 Municípios. 5 Culturas. 5 Sentidos”, que tem a duração de 12 meses e engloba os Municípios de Idanha-a-Nova, Águeda, Óbidos, S. Pedro do Sul e Seia, centra-se em ações de intercâmbio de artistas e de grupos culturais pelos cinco municípios, bem como no desenvolvimento de residências artísticas e apresentação de espetáculos itinerantes.
Esta candidatura contempla também uma Coprodução artística que permitirá contratar uma direção artística com larga experiência a nível nacional e internacional, de forma a transmitir conhecimento qualificado na área cultural aos artistas e grupos locais e, por outro lado, para gerar eventos/espetáculos capazes de atrair fluxos turísticos a nível nacional e internacional.

O outro projeto, designado “Terras da Transumância”, junta os Municípios de Seia, Castro Daire, Gouveia e a Agência de Desenvolvimento Gardunha XXI e contempla uma programação artística e cultural que valoriza espaços patrimoniais classificados e as tradições locais associadas à transumância.
O projeto tem a duração de 18 meses e estrutura-se em três eixos principais: a criação de uma agenda de atividades artístico-culturais em cada um dos municípios, afirmando os territórios como destinos turístico/culturais de excelência; a execução de um plano de comunicação comum e realização de um vídeo documental; e o desenvolvimento de uma coprodução artística, focada na transumância, que irá percorrer os quatro territórios.

Segundo a autarquia senense, “todos estes projetos, já aprovados pela Comissão de Coordenação da Região Centro, estão em fase de estruturação e oportunamente serão divulgadas as formas e termos em que os grupos locais se podem candidatar às bolsas artísticas”.

Paralelamente, o Município de Seia participa em mais dois projetos de promoção da cultura. A “Rede Interior”, com coordenação da ASTA – Teatro e Outras Artes eque irá promover uma programação artística e cultural integrada no território constituído pelos municípios de Belmonte, Covilhã, Fornos de Algodres, Fundão, Gouveia, Manteigas e Seia.
O outro projeto que conta com a colaboração da autarquia senense, através do Centro de Interpretação da Serra da Estrela, visa a criação de um catálogo poético de instalações/performances multidisciplinares – musicais, sonoras, arquitetónicas, visuais – e desenvolve-se na aldeia de Frádigas, em Vide. O “à escuta: catálogo poético” tem como promotores Joana Sá e Luís Martins (integrou o projeto dos Deolinda).


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