Região vinícola 'Terras da Beira' recebe indicação geográfica protegida

A região vinícola ‘Terras da Beira’ recebeu hoje a classificação de indicação geográfica protegida (IGP), atribuída pela União Europeia (UE), nas variedades de vinho, vinho espumante e vinho frisante.

Situada no interior centro/norte de Portugal a IGP ‘Terras da Beira’ é a região vitivinícola mais alta de Portugal, com vinhas plantadas entre os 300 e os 750 metros de altitude e a orografia da região é dominada pelas serras da Estrela, Gardunha, Açor, Marofa e Malcata.

A zona protegida abrange, segundo o Jornal Oficial da UE, “todas as freguesias de todos os concelhos do distrito de Castelo Branco e, no distrito da Guarda, abrange os municípios de Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo (excluída a freguesia de Escalhão), Guarda, Manteigas, Meda (excluídas as freguesias de Fonte Longa, Longroiva, Meda e Poço do Canto), Pinhel, Sabugal e Trancoso”.

Os mostos dos vinhos com direito a IGP ‘Terras da Beira’ devem possuir o título alcoométrico volúmico natural mínimo de 9% vol e as práticas culturais utilizadas nas vinhas que se destinam à produção destes vinhos devem ser as tradicionais na região ou as recomendadas pela entidade certificadora.

As vinhas destinadas à produção dos vinhos com direito a IGP ‘Terras da Beira’ devem estar, ou ser instaladas, em solos litólicos húmicos de xistos e granitos, litólicos de granitos ou mediterrânicos pardos e vermelhos de xistos.

A relação entre o solo e o clima, por um lado, e as castas da região, por outro, dá origem a vinhos com características distintas, marcados pela mineralidade, acidez e frescura, segundo a publicação no Jornal Oficial.

A IGP é uma classificação ou certificação oficial regulamentada pela União Europeia atribuída a produtos gastronómicos ou agrícolas tradicionalmente produzidos numa região.


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