Receitas do Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa duplicam em dois anos

O Museu e Parque Arqueológicos do Vale do Côa, no distrito da Guarda, já foram visitados por cerca de 47 mil pessoas desde o início do ano.

O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, anunciou em Foz Côa que as receitas próprias do Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa duplicaram nos últimos dois anos, atingindo os 300 mil euros.

“Para atingir estes resultados colocámos em prática um projeto de revitalização e dinamização do Museu e do Parque Arqueológico do Vale do Côa e estes equipamentos tornaram-se pontos essenciais para serem visitados, quer por portugueses, quer por estrangeiros”, frisou o governante.

O Museu e Parque Arqueológicos do Vale do Côa, no distrito da Guarda, já foram visitados por cerca de 47 mil pessoas desde o início do ano, prevendo-se chegar aos 50 mil visitantes, até ao final do ano.

“Aumentámos a promoção dos dois equipamentos e dinamizámos o Vale do Côa, nos últimos dois anos, através do Turismo de Portugal, como um ponto de interesse de uma estratégia concertada para colocar o território no mapa do turismo nacional e internacional”, vincou o ministro da Economia.

Dessa estratégia, lembrou Manuel Caldeira Cabral, há factos como o alargamento dos horários de visita que passaram a ser contínuos, o que confere ao museu e ao parque uma nova dinâmica de oferta para chegar às pessoas.

“Demos mais meios à Fundação Côa Parque para dinamizar os dois equipamentos arqueológicos, como as visitas às gravuras de canoa ou a melhorias das viaturas que estavam avariadas para se fazerem visitas aos núcleos de gravuras rupestres”, exemplificou.

Outra das notas de destaque da visita ao Museu do Côa deixadas por Manuel Caldeira Cabral, foi valorização do Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa.

“Quando aqui chegámos há dois anos, encontrámos um museu pouco promovido, pouco dinâmico e com muitas restrições financeiras. Durante estes dois anos, registámos grandes mudanças. Todas as modalidades incrementadas neste período começam a dar resultados”, acrescentou.

Entre a nova estratégia está a marcação de visitas por telefone, reservas “online”, a criação de um sítio na internet mais dinâmico e uma miar ofertas de atividades para que, visitar o Vale do Côa.

“Foi criada uma nova linha de produtos promocionais do Museu e do Parque Arqueológico e uma loja de ‘merchandising’ existente no museu será ampliada”, indicou.

Manuel Caldeira Cabral disse acreditar que se poderá ir mais longe na gestão e promoção do Museu e do Parque do Côa já que “este projeto estava adormecido”.

“Com investimento de 400 mil euros que foi feito, nos últimos dois anos, conseguimos mobilizar os agentes locais para a valorização dos equipamentos “, observou o governante.

O ministro da Economia disse ainda que será feito um passadiço para chegar as embarcações que navegam no rio Douro, tendo em vista trazer mais visitantes ao Museu do Côa.

O Ministério da Economia é um dos fundadores da Fundação Côa Parque, que marca presença, na estrutura, através do Turismo de Portugal.

Os sítios de arte rupestre do Vale do Côa situam-se ao longo das margens do rio Côa, sobretudo no município de Vila Nova de Foz Côa, estendendo-se por uma área de 20 mil hectares que abrange os municípios vizinhos de Figueira de Castelo Rodrigo, Meda e Pinhel.

A arte rupestre do Côa, inscrita na Lista do Património Mundial da UNESCO desde 1998, foi uma das mais importantes descobertas arqueológicas do Paleolítico Superior, em finais do século XX, em toda a Europa.

Aquando da descoberta “Arte do Côa”, em 1994, os arqueólogos portugueses asseguraram tratar-se de manifestações do Paleolítico Superior (20 a 25 mil anos atrás) e estar-se perante “um dos mais fabulosos achados arqueológicos do mundo”.

Desde agosto de 1996, o Parque Arqueológico do Vale do Côa organiza visitas a vários núcleos de gravuras tais como Penascosa, Canada do Inferno e Ribeira de Piscos.


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