“O Museu do Côa e do Douro uniram-se num projeto fotográfico para o qual desafiaram quatro fotógrafos para olharem o território que está classificado com dois patrimónios da humanidade: as gravuras rupestres do Vale do Côa e o Alto Douro Vinhateiro. Ao longo de cerca de um ano, [os quatro fotógrafos] percorreram esta região para efetuarem os registos agora expostos”, explicou à Lusa a presidente da Fundação Côa Parque, Aida Carvalho.
Os fotógrafos convidados foram Jaime António, Egídio Santos, Duarte Belo e Vergílio Ferreira, e o resultado do seu trabalho está patente no Museu do Côa (MC), enquanto a segunda parte deste processo “poderá ser vista no Museu do Douro, a partir do próximo dia 14 de dezembro”, assinalando o 20.º aniversário deste espaço museológico, vincou a responsável pela Fundação Côa Parque que faz a gestão do Museu e do Parque Arqueológico do Vale do Côa.
Segundo Aida Carvalho, este trabalho fotográfico olha o território, as suas paisagens, as suas gentes, a arquitetura vernacular, a arquitetura religiosa, entre o sagrado e o profano, e os modos de vida das populações.
“São, no fundo, olhares que se cruzam numa perspetiva abrangente sobre uma região como é o Douro”, frisou.
Esta exposição abre portas no dia em que a Arte Rupestre do Vale do Côa comemora o seu 23.º aniversário da inscrição na lista do Património Mundial, e em que as entradas no Museu serão gratuitas.
O Vale do Côa abrange os municípios de Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda e Pinhel, no distrito da Guarda.
A Região Vinhateira do Alto Douro ou Alto Douro Vinhateiro é uma área do nordeste de Portugal com mais de 26 mil hectares, rodeada de montanhas que lhe dão características mesológicas e climáticas particulares, que foi classificada há 20 anos, em 14 de dezembro de 2001, pela UNESCO, como Património da Humanidade, na categoria de paisagem natural.