Monumentos da região Centro recebem concertos de ópera de Tchaikovsky ou Verdi

Batalha, Coimbra, Leiria, Pinhel, Vila Nova de Foz Côa e Viseu recebem este ano concertos de ópera, de Tchaikovsky a Verdi, no âmbito do programa “Ópera no Património”, que procura valorizar espaços da região Centro através da música.

Ao longo do ano, estão previstas concertos operáticos, de câmara e corais sinfónicos pelos seis concelhos abrangidos pelo programa que arrancou em 2017.

“Por um lado, temos a valorização do espaço e, por outro, a valorização do público, com música muito favorável a essa iniciação”, salientou o diretor artístico do programa, o maestro José Ferreira Lobo, durante a apresentação da programação para este ano, que decorreu hoje, na Quinta da Cruz, em Viseu.

Esse será um dos espaços que vai receber os concertos de ópera. A 30 de junho, aquela quinta de Viseu acolhe a obra “Eugene Onegin”, de Tchaikovsky, e libreto baseado no romance de Pushkin, um espetáculo que se “passa no contexto da nobreza rural russa”, sendo que o sítio escolhido é “perfeito para a sua realização”, sublinhou José Ferreira Lobo.

A obra do russo Piotr Tchaikovsky também vai ser apresentada na Batalha, no Largo Infante D. Henrique, a 22 de setembro.

A 18 de agosto, a Praça do Município de Foz Côa acolhe a ópera “La Traviata”, de Verdi, que vai estar depois também, a 08 de setembro, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, um espaço que permite apresentar esse clássico da ópera “em toda a sua plenitude”, com uma cenografia “com uma dimensão muito especial”, sublinhou José Ferreira Lobo.

O Largo da Igreja São Luís, em Pinhel (a 24 de agosto), e o Páteo das Escolas da Universidade de Coimbra (29 de setembro) recebem “Sansão e Dalila”, obra de Camile Saint-Saens.

Em Viseu, para além da ópera, haverá concertos de câmara e coral sinfónico, de 28 de junho a 01 de julho, em Foz Côa de 16 a 19 de agosto, em Pinhel de 22 a 25 de agosto, em Leiria de 06 a 09 de setembro e na Batalha de 20 a 23 de setembro.

Durante a conferência de imprensa, o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, salientou a importância das sinergias para garantir a circulação de concertos operáticos e obras de referência “por territórios e espaços por onde, por vezes, não se esperam encontrar”.

Este programa, vincou, é também uma oportunidade para se investir “em novos públicos culturais” e promover os territórios.

“O esforço coletivo dos municípios mais o apoio comunitário permitiram que públicos que só conseguem ver estes concertos nas grandes capitais europeias possam assisti-los nos nossos concelhos”, frisou o vereador da Cultura de Leiria, Gonçalo Lopes, referindo que o projeto tem um investimento global de 826 mil euros, contando com uma comparticipação de fundos comunitários de 60%.

Na conferência de imprensa, estiveram também presentes representantes dos municípios da Batalha, Pinhel e Vila Nova de Foz Côa.

O projeto arrancou em 2017 e termina em 2019, estando previsto realizar 91 atividades por ano.


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