Hospitais e Centros de Saúde da região com 48 vagas para médicos especialistas

As vagas destina-se a jovens médicos que tenham concluído a especialidade partir da 2ª época de 2010 que “não detêm, todavia, qualquer vínculo com o Serviço Nacional de Saúde, ou que, ainda que o detenham, este não tem um carácter indeterminado”, pode ler-se no despacho emitido esta segunda-feira em Diário da República.

O Ministério da Saúde acaba de contratar 361 médicos em especialidades e em zonas do país onde fazem mais falta. No total são 47 hospitais e centros de saúde de todo o país, entre os quais o Centro Hospitalar da Cova da Beira com vagas para 18 especialistas, a Unidade Local de Saúde da Guarda com 22 e a Unidade de Saúde de Castelo Branco com 8. Na região as especialidades com maior número de vagas a concurso são as Anestesia (4 vagas, 2 das quais no CHCB), Neurologia (4) e Oftalmologia (4), mas há também outras especialidades com 3 vagas para Cardiologia, Medicina Física e da Reabilitação, Urologia e Otorrinolaringologia e Pneumologia. Das 18 vagas para especialistas no Centro Hospitalar da Cova da Beira, 2 são para Anestesia, Medicina Interna, Gastroenterologia e Medicina Física de Reabilitação.  Miguel Castelo Branco admitiu que existem muitas dificuldades em fixar médicos nos hospitais do interior do país, uma preocupação já manifestada à tutela. O presidente do Conselho de Administração do CHCB defendeu que devem haver medidas de incentivo que “consigam fazer a diferença na decisão de fazer a pessoa fixar-se”. No caso concreto do CHCB, o responsável explica que “para além da instituição ser uma unidade de vanguarda a nível nacional” já foram feitas campanhas de divulgação mas, sem grande resultado “no ano passado mandámos cartas a todos os médicos que estavam a terminar a especialidade no sentido de lhes dizer: olhe nós existimos, venham cá visitar, mas isso, na realidade não chega. Tivemos muitas visitas mas para a quantidade de cartas que mandámos foi um número muito restrito”. Questionado sobre os incentivos que o Governo dá ao médicos especialistas para se fixarem nas regiões do interior, Miguel Castelo Branco responde que é preciso haver “justiça, na medida em relação aos profissionais que já fizeram a sua opção há mais tempo, e não só para aqueles médicos que é para virem agora, tem de ser uma coisa equilibrada. Agora é preciso haver politicas que tenham a ver com incentivo à fixação de profissionais na área do interior e do algarve, é”. Quanto ao consórcio formativo da Beira Interior o presidente do concelho de administração continua a defender esta mesma criação. Na região, o consórcio será formado pelos hospitais da Guarda, Covilhã e Castelo Branco, que de forma isolada não conseguem obter competência formativa em determinadas áreas (não têm especialistas em número suficiente para assegurar a formação), mas em conjunto “conseguirão dar resposta a esse critério e abrir mais vagas para médicos internos, nomeadamente para os que estudam na Faculdade de Medicina da Covilhã”, disse Miguel Castelo Branco. A proposta está ainda em analisada porque depende da revisão do regime do internado médico que ainda está em curso.


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