O fotógrafo Luís Miguel Proença venceu o concurso internacional promovido pelo Museu do Douro, com o conjunto de fotografias “Paisagens e detalhes”, foi anunciado ontem, dia 9 de janeiro.
A edição 2022 do concurso internacional de fotografia aliou-se à celebração dos 20 anos da classificação do Douro como Património Mundial da Humanidade.
O Museu do Douro, sediado no Peso da Régua, distrito de Vila Real, anunciou ontem que, no total, o concurso recebeu 23 inscrições, tendo sido admitidos 19 participantes.
Os trabalhos aprovados, submetidos sob a forma de conjuntos, foram apresentados ao júri de forma anónima.
De acordo com o museu, o 1.º prémio foi atribuído a Luís Miguel Proença, natural do Fundão (Castelo Branco), com o conjunto “Paisagens e detalhes”.
Depois, o 2.º prémio foi conquistado por José Suzano Magalhães, de Gondomar (Porto), com o conjunto “Alto Douro Vinhateiro”, e o 3.º prémio a António Jaime Abrunhosa, de Vila Nova de Foz Côa (Guarda), com o conjunto “Gentes, trabalhos e locais”.
O objetivo do concurso de 2022 foi “captar as mudanças e ou persistências da paisagem evolutiva e viva – o Douro – nos seus mais diversos aspetos”.
“Além de captar a paisagem, o objetivo foi também sentir, percorrer o Douro através das suas gentes, das práticas e da forma como moldam o território vitivinícola através de uma leitura crítica do estatuto Património Mundial”, acrescentou a unidade museológica.
As imagens vencedoras do concurso vão agora integrar a base de dados “Arquivos Visuais” do Museu do Douro, sendo o mote para uma exposição itinerante.
O concurso insere-se no projeto “Fotografia Contemporânea no Douro” e conta com a parceria da EDP – Produção.
O Alto Douro Vinhateiro foi classificado pela UNESCO a 14 de dezembro de 2001 como paisagem cultural evolutiva e viva e, entre dezembro de 2021 e dezembro de 2022 assinalou os 20 anos desta classificação.
A zona classificada atravessa os concelhos de Mesão Frio, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Vila Real, Alijó, Sabrosa, Carrazeda de Ansiães, Torre de Moncorvo, Lamego, Armamar, Tabuaço, São João da Pesqueira e Vila Nova de Foz Côa e constitui o contínuo mais representativo da Região Demarcada do Douro, a mais antiga região vitícola demarcada e regulamentada do mundo (1756).