Fornos de Algodres e Figueira de Castelo Rodigo integram projeto piloto de avaliação de queimadas

O projeto piloto de desenvolvimento de um sistema de avaliação de queimas de amontoados de combustível florestal e autorização de queimadas vai arrancar durante esta semana em nove municípios, alargando-se aos prioritários até final de junho.

Trata-se de “registar pedidos de queimas para verificar-se se há condições” para realizar-se ou não esta ação, disse o coordenador do Plano Nacional da Defesa da Floresta contra Incêndios, Rui Almeida, na apresentação do Programa Nacional de Redução de Ignições de Incêndios Rurais.

Esta é uma das medidas do Programa, hoje apresentado numa cerimónia que contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e do ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos.

Os primeiros concelhos a integrarem o projeto são Monchique (Algarve), Mafra (distrito de Lisboa), Valongo e Arouca (Porto), Portalegre (Alentejo), Fornos de Algodres e Figueira de Castelo Rodrigo (Guarda), Caminha (Viana do Castelo) e Oleiros (Castelo Branco).

O alargamento aos restantes municípios prioritários está previsto realizar-se até final de junho.

O resto dos concelhos serão integrados no projeto do sistema de avaliação de queimas e autorização de queimadas até outubro, segundo o programa.

Esta medida também inclui a criação de um número de apoio para informação sobre condições, nomeadamente meteorológicas, para a realização das queimas e queimadas, formas de reduzir os combustíveis, como ramos secos ou restos de culturas.

O programa baseia-se em princípios como a monitorização de padrões anormais de incêndios rurais, a definição de objetivos e indicadores de nível local, estabelecimento de procedimentos específicos para as diferentes causas de fogos.

Também pretende criar alertas em zonas com muitos incêndios rurais, definir compromissos com as entidades locais para o controlo de ignições e usar ações nomeadamente de sensibilização, fiscalização e vigilância para cada tipo de causa e para cada local.

A disponibilização de informação, para que todos tenham conhecimento e possam desenvolver a ação adequada, é um dos objetivos deste programa, apostando na sensibilização e fiscalização, mas também na responsabilização.

O plano de sensibilização envolve a publicação de 500 mil folhetos e de 80 mil cartazes, a articulação entre entidades para a realização de ações e iniciativas com entidades públicas e privadas.


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