Ferro aposta em Centro Interpretativo da Cereja

A localidade do concelho da Covilhã quer incentivar o setor agrícola e avança com um espaço dedicado a um dos frutos mais característicos da Cova da Beira.

Abre este mês na freguesia do Ferro o Centro Interpretativo da Cereja. A localidade do concelho da Covilhã pretende com o espaço destacar um dos produtos mais representativos da Cova da Beira e, com isto, atrair visitantes e dinamizar o setor agrícola, através de um forte contributo aos agricultores, empresários e produtores da região. “A cereja das Beiras é a melhor do mundo, devido ao seu microclima. Queremos apoiar os produtores de cereja das Beiras: da escolha do solo até à colocação da cereja no mercado. Vamos informar, estudar, criar e desenvolver uma estratégia que consiga envolver produtores e transformadores na pesquisa de novos circuitos de comercialização, promovendo a unidade territorial e coesão social”, explica o presidente da Junta, numa nota enviada à comunicação social. O espaço será palco de várias iniciativas, segundo Augusto Macedo, com o objetivo de ter um projeto “autossustentável, dinâmico” e ainda “pólo atrativo”. O Centro vai ter uma loja onde serão promovidos todos os derivados de cereja: licores e compotas, entre outros. Prevê-se ainda a organização de visitas guiadas aos cerejais, colheita de cerejas e visitas a empresas de transformação. “Para isso, queremos fazer parcerias com diversas instituições, como hotéis, politécnicos, universidades, escolas, lares e empresas de turismo nacionais”, adianta ainda o autarca. A Vila do Ferro pretende promover o sector primário, para fazer do Interior uma zona com oportunidades para quem se queira instalar. “Os novos rurais estão aí. Muitos deles deixaram a confusão do Litoral para se dedicarem à cereja. O Centro Interpretativo será inovador na região e, por seu turno, uma janela que se abre para o turismo rural, conciliada com o bio turismo”, explica Augusto Macedo. O presidente da Junta do Ferro referiu a importância do regadio neste sector: “O Regadio da Cova da Beira jorra água, um recurso hídrico que veio alterar o modo de vida das pessoas. Falta-nos mão de obra jovem, formada”. Para o responsável da autarquia, “é necessário fazer um ordenamento de culturas na região, de acordo com os solos e os microclimas”, missão para a qual conta com o Centro Interpretativo da Cereja. “A missão e os valores serão estes: aconselhar, selecionar, promover, divulgar, acreditar, difundir, entre outras ações, usando uma linguagem muito clara: desenvolvimento sustentável”, salienta. Ainda no âmbito da promoção do sector terciário, esta vila do concelho da Covilhã recebeu desde sexta-feira, dia 30, e domingo, 1, a Feira da Cereja e a Feira Agrícola. O evento da responsabilidade da Junta de Freguesia do Ferro, com o apoio da comunidade, surgiu também para “manter vivo o sector primário de uma freguesia com grandes potencialidades agrícolas”, ainda segundo a Junta.


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