Hotéis acreditam que verão de 2014 vai ser melhor que o do ano passado

Os hotéis portugueses estão mais otimistas que no ano passado em relação à forma como o negócio vai correr no verão.

De acordo com um inquérito realizado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) mais de 40% dos inquiridos espera que as taxas de ocupação oscilem entre 61% e 80% e que o preço médio por quarto seja superior.

“Há aqui uma volta de 180 graus. O ano passado, 51% dos inquiridos dizia que o preço por quarto ia ser pior em 2013 e este ano, apenas 11% considera isso”, disse a presidente da direção executiva da AHP, Cristina Siza Vieira. De acordo com a responsável, este optimismo surge “em função das reservas já feitas até à data”, mas também do facto do primeiro trimestre do ano ter tido resultados “interessantes”, mesmo sem a Páscoa, que foi em abril.

Assim, entre janeiro e março de 2014, a taxa de ocupação dos hotéis portugueses cresceu 1,77 pontos percentuais para 43,16% e o preço médio por quarto vendido cresceu 1,74% para 56,67 euros. Já a receita por quarto disponível subiu 6,12%, para 24,46 euros, um valor “modestos”, comentou Cristina Siza Vieira, mas mesmo assim o valor mais alto desde o primeiro trimestre de 2010.

Além disso, as receitas totais do turismo em Portugal cresceram 5,9% para 1,48 mil milhões de euros; o número de turistas aumentou 6,1% para 2,4 milhões e as dormidas cresceram 4,2% para 6,2 milhões.

“Estamos em recuperação, mas ainda temos um longo caminho pela frente”, disse o presidente da AHP, Luís Veiga, no final da apresentação dos dados do inquérito e do balanço do setor no primeiro trimestre do ano. “Só o Algarve precisa de um milhão de dormidas para atingir a taxa de ocupação de 2002 e, neste momento, a nossa projeção é que atinja esses valores só em 2015”, comentou Luís Veiga.

É também preciso fazer algum trabalho nos Açores e na conquista de novos mercados. No primeiro caso o que está em causa é a dificuldade dos hotéis em obter informações sobre a frequência e os horários dos voos da Sata. Uma situação que tem sido difícil de mudar e que faz com que os Açores sejam o pior destino do país. O segundo caso é menos problemático, mas requer uma estratégia coordenada entre o turismo e os aeroportos, que já está em marcha.


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