Estudo da UBI aborda sustentabilidade de cidades de montanha

O trabalho foi divulgado pela Dicyt – agência ibero-americana para a difusão da ciência e tecnologia.

A Dicyt – agência ibero-americana para a difusão da ciência e tecnologia divulgou um artigo sobre um estudo dos docentes Domingos Vaz de sociologia e Maria João Matos, de arquitetura, sobre a possibilidade da criação da marca cidade montanha para a Covilhã, tendo em conta as suas características.

O estudo está a ser desenvolvido no âmbito do Projeto INESPO II e compara as cidades dos Alpes com a Covilhã com o intuito de apresentar propostas para o desenvolvimento sustentável no futuro. Em comparação com as boas práticas identificadas em cidades dos Alpes, os autores do estudo, publicado na revista científica European Planning Studies, acreditam que a Covilhã tem os elementos necessários para construir uma marca própria em sintonia com o ambiente natural da Serra da Estrela, o que será preponderante  para o seu desenvolvimento urbano, económico e social.

A investigação compara este enclave português com localidades dos Alpes porque a região alpina é “o paradigma da montanha europeia e as suas cidades geram fenómenos que se refletem em outras áreas montanhosas do continente”, explicam a DiCYT Domingos Vaz e Maria João Matos.

Nos Alpes surgiram alguns fenómenos relacionados com o turismo e com as marcas que ligam a montanha à sociedade de consumo, bem como novas experiências no uso do espaço, o que se estendeu para outras regiões de montanha. Portanto, os autores do estudo acreditam que a análise da área alpina é útil para estudar outras realidades, neste caso, as áreas urbanas, a sua evolução, a relação com o seu ambiente e a sustentabilidade. Covilhã, como cidade de dimensões médias e certa importância económica, administrativa e funcional na Serra da Estrela é o equivalente português às áreas urbanas de referência na zona alpina.

Os dois sítios partilham paradigmas dentro do contexto sociocultural europeu, como competitividade, consumo e estilos de vida. Paralelamente, a ecologia ou a procura de identidade também são comuns. Em contrapartida, a zona alpina “tem exemplos muito positivos de sinergias entre o meio ambiente de montanha e o urbano, não identificados no contexto português”.


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