Em declarações à agência Lusa, a presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, salientou que, no âmbito da programação financeira comunitária do Portugal 2020, o Centro vai desenvolver projetos que totalizam aquele montante enquanto Programas de Valorização Económica de Recursos Endógenos (PROVERE).
Os projetos, no valor de 10 milhões de euros e com financiamento do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), foram aprovados ao abrigo dos PROVERE das Aldeias Históricas, Aldeias do Xisto, Termas, Áreas Classificadas e Beira Baixa.
Falando à margem de uma sessão de divulgação da “Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior”, na passada sexta-feira, dia 10, no Convento de São Francisco, em Coimbra, Ana Abrunhosa fez votos para que os projetos que avancem nesta área “venham complementar, dar escala e sinergias” àqueles investimentos para valorização dos recursos endógenos dos territórios de baixa densidade demográfica.
“A procura no território vai ser muito grande”, previu a presidente da CCDRC, realçando que cerca de 400 pessoas, potencialmente ligadas à valorização turística do interior, estiveram ontem, em Coimbra, na margem esquerda do rio Mondego, na apresentação dos financiamentos para o setor.
Na sua opinião, os 20 milhões de euros disponibilizados pelo Governo, através da Turismo de Portugal, para a valorização turística a nível nacional podem constituir “um reforço muito interessante” dos projetos já aprovados no âmbito dos PROVERE.
“Gostava muito que, daquele montante, dos 10 milhões de euros que são para o interior, viessem cinco milhões para a região Centro”, afirmou a professora universitária, defendendo que importa “promover projetos em rede”, como estratégia para combater a pobreza nas aldeias e vilas das zonas montanhosas.
A valorização turística do interior “vai ser um sucesso, não tenho dúvida”, cabendo às entidades públicas e privadas apresentar candidaturas até 31 de dezembro deste ano – rematou Ana Abrunhosa.