Câmara Municipal do Fundão aprova orçamento para 2017

Com o voto contra dos dois vereadores do Partido Socialista, a câmara municipal do Fundão aprovou por maioria os documentos referentes às grandes opções do plano para o próximo ano. O orçamento ronda os 29 milhões e meio de euros mas as opções da maioria são durante criticadas pela bancada da oposição.

De acordo com António Quelhas este é um orçamento que aumenta o endividamento de curto prazo da autarquia, altera pressupostos estabelecidos em anos anteriores e cresce a dotação financeira em ano de eleições. Por isso o vereador do PS não tem dúvidas de que “é um mau orçamento porque inverte algumas dinâmicas que foram criadas e efectivamente cresce em ano de eleições. O senhor presidente diz que não mas em relação ao que aqui discutimos há um ano atrás ele cresceu. Introduz aqui uma nova componente de endividamento de curto prazo e para ser fechado teve que recorrer a isso porque não há receitas para cobrir a despesa que tem prevista. Para além disso cerca de oito milhões de euros são retirados às famílias entre IMI, impostos indirectos e as facturas da água, resíduos e saneamento”.

Críticas que o presidente da autarquia fundanense rejeita. Paulo Fernandes refere que esta versão do documento vai ser submetida a todas as bancadas da assembleia municipal para análise e a sua aprovação definitiva só vai decorrer no próximo mês de dezembro. O autarca deixa ainda a garantia de que o valor global do orçamento vai diminuir tal como do empréstimo de curto prazo que pode ser contraído para compensar atrasos na chegada de verbas de fundos comunitários “o orçamento atual ronda os 31 milhões de euros e nós estamos a apresentar um orçamento próximo dos 29 milhões e meio; sobre a componente do curto prazo que fala nós no ano passado apresentámos um empréstimo de curto prazo de dois milhões e 200 mil e para 2017 esse valor é reduzido para um milhão”.

Paulo Fernandes acrescenta que esta proposta de orçamento mantém os valores de transferência de competências para as juntas de freguesia e para o movimento associativo e dá sequência às linhas orientadoras definidas no início deste mandato “vamos procurar sempre a consolidação orçamental, diminuir o nosso quadro da dívida e sempre orientado para as áreas da competitividade e inovação, para a componente da administração directa e também na área social onde vamos dar continuidade a vários programas que tem vindo a ser dinamizados”.

O presidente da câmara do Fundão sublinha que a taxa de execução do orçamento deste ano deve rondar os 85 por cento e reafirma que conseguir baixar o serviço da dívida para os cinco milhões de euros e continua a ser uma das grandes ambições do município.


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