Na pergunta enviada, na passada sexta-feira, ao ministro das Infraestruturas e Habitação, que tem como primeiro subscritor o deputado Carlos Peixoto, eleito pela Guarda, é referido que o atual estado do IP3, que faz a ligação entre Coimbra e Viseu, “é o espelho de um país adiado e de um Interior maltratado”.
Segundo o PSD, “circular nesta estrada, fatalmente associada a muitas mortes e feridos graves em acidentes, é um suplício e um risco cada vez mais parecido com a roleta russa”.
Os parlamentares apontam que a situação, que “já era confrangedora e inaceitável num país que se quer aproximar da média europeia”, tornou-se “insuportável a partir do passado mês de julho, com o início das infindáveis obras de asfaltamento” que obrigaram ao corte de faixas de rodagem nalguns troços, “ignorando por completo o aumento significativo de tráfego durante o verão e os transtornos desproporcionais que iriam causar”.
“Comparando com outros países similares a Portugal, em que se trabalha de noite e dia em estradas estruturantes para servir os utentes com o menor incómodo possível, o cenário do IP3 é anedótico e incompreensível, ninguém ficando indiferente às interrupções nas obras dias a fio, com máquinas encostadas e inativas, e com troços encerrados sem razão percetível”, é denunciado.
Na pergunta dirigida ao ministro das Infraestruturas e Habitação, os deputados do PSD eleitos pelos círculos da Guarda, Viseu e Coimbra perguntam “quando vão terminar as obras de asfaltamento do IP3 e em que data estimada está prevista a abertura de todos os troços” daquela via.
“Em que data concreta vão começar as obras de duplicação do IP3 e qual o específico traçado que vai ser requalificado ou reconvertido em perfil de autoestrada entre Coimbra e Viseu?”, acrescentam.
O PSD pergunta ainda se o Governo, liderado pelo socialista António Costa, “vai ou não (…) dar continuidade às obras do IC6 até ao nó de Folhadosa, em Seia, e iniciar a construção do denominado IC7, entre Folhadosa e Celorico da Beira, distrito da Guarda (atual Estrada Nacional 17), e, em caso afirmativo, com que calendarização”.
No documento é também referido que os residentes “dos vários concelhos que hoje são obrigados a passar pelo martírio chamado IP3 poderiam ter a expectativa de dias melhores num futuro breve, com a construção do IC7 e a conclusão do IC6, pelo menos até ao nó de Folhadosa, Seia, em tempos tão ruidosamente reclamados pelos atuais responsáveis governativos e pelo principal partido que os suporta e agora tão primorosamente esquecidos”.