“O doutor Álvaro Amaro usou a Guarda como um palco e um trampolim, de que ele próprio é o grande beneficiado”, afirma a concelhia socialista em comunicado.
O social-democrata Álvaro Amaro, que é o número cinco da lista do PSD, anunciou na quinta-feira que já solicitou à presidente da Assembleia Municipal a marcação da reunião de abril, que ocorrerá entre os dias 15 e 17, e na qual formalizará a suspensão do mandato autárquico.
A estrutura socialista da Guarda, liderada por Agostinho Gonçalves, reagiu, afirmando que o autarca “abandona a Guarda, trocando o difícil trabalho da promoção da riqueza e do emprego pela ambição política e vaidade pessoal que representa ser deputado europeu”.
“É bom recordar que Álvaro Amaro deve à Guarda, sobretudo, confiança. Uma confiança que pediu reforçada neste segundo mandato e que lhe foi dada. Álvaro Amaro entristece os guardenses”, lê-se no comunicado.
Segundo o PS/Guarda, o social-democrata “trouxe à Guarda festa farta, tendas e obras de cosmética urbana”.
Depois de referir que “o modelo de governação de Álvaro Amaro fica marcado pelos eventos e pela grandiosidade das produções e dos meios envolvidos em cada um deles”, a concelhia socialista considera que o presidente da autarquia “não pode sair sem prestar contas”.
Álvaro Amaro afirmou na quinta-feira, em conferência de imprensa, que é para si “ponto de honra” suspender o mandato “no fim de apresentar as contas do município” do ano de 2018, na reunião da Assembleia Municipal a realizar em abril.
“Farei coincidir, por isso, a minha suspensão do mandato até à posse de deputado [europeu] a partir dessa Assembleia Municipal. Se [a reunião] for a 16, [a suspensão] será a partir de 16 [de abril]”, adiantou.