CDS-PP questiona Governo sobre barragens para o Interior do país

O deputado do CDS-PP Hélder Amaral questionou hoje o Governo sobre o cancelamento de novas barragens no Interior do país, lembrando que “sem água não se fixam populações”.

Numa pergunta enviada ao ministro do Ambiente, Hélder Amaral interroga se este tem conhecimento do acordo entre os municípios de Viseu, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo, Sátão, São Pedro do Sul, Vila Nova de Paiva e Vouzela para constituir uma empresa intermunicipal de abastecimento de água e saneamento na região.

O deputado eleito pelo círculo de Viseu refere que este acordo foi feito com o objetivo de “concretizar investimentos estruturantes, entre os quais o reforço da capacidade da barragem de Fagilde e a construção futura de uma barragem no Vouga”.

Atendendo à tragédia verificada com os incêndios de 2017, seguida de um período de seca extrema e severa, Hélder Amaral pergunta ao governante se não considera “fundamental a pretensão dos municípios de construção de uma nova barragem no Vouga, mitigando assim os riscos associados à seca e os prejuízos que sofreram no passado verão”.

Hélder Amaral quer ainda saber “se o Governo tem previsto o reforço da capacidade da barragem de Fagilde” e “se considera viável reconsiderar a decisão de cancelamento das barragens de Alvito e Girabolhos, face aos dados que indicam que, em conjunto, garantiriam o abastecimento de água à população de sete concelhos do Interior Centro”.

O CDS-PP lembra que “os projetos das barragens de Girabolhos e do Alvito geravam expectativas deveras importante para os concelhos de Seia e de Gouveia, no distrito da Guarda, e de Vila Velha de Ródão e Castelo Branco, no distrito de Castelo Branco, respetivamente, podendo estender sinergias a outros municípios de distritos limítrofes, como o distrito de Viseu”.

“Com o cancelamento destas barragens, ficaram em causa, nomeadamente, a produção de energia elétrica, o abastecimento de água, a regulação do caudal do rio Mondego, no caso de Girabolhos, o aproveitamento turístico da albufeira e o desperdício dos recursos financeiros gastos nos trabalhos preparatórios, já efetuados no terreno”, acrescenta.


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