Câmaras do Fundão, Guarda e Covilhã foram as que mais amortizaram empréstimos

Os recursos financeiros da maioria das Câmaras da região provêm das transferências do Estado e dos empréstimos bancários, conclui o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, cuja edição relativa a 2013 foi apresentada pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC) na semana passada.

Nenhum dos 17 do distrito da Guarda e Cova da Beira tem o privilégio de integrar a lista das autarquias com maior independência financeira e que é dominada pelos grandes centros urbanos. Por cá, a Mêda foi o município com menor independência financeira – ou seja, com menos captação de impostos e taxas e mais dependentes das transferências do Estado –, com 13,5 por cento, e o Fundão o segundo, com 14,7 por cento. Trancoso (15 por cento), Manteigas (17,6) e Vila Nova de Foz Côa (18,6) completam este ranking. Mas neste anuário também há boas notícias, já que a Mêda foi o quarto município no total do país que registou o maior grau de execução da cobrança de receita em 2013: 98,8 por cento. Seguem-se Fornos de Algodres (93,9 por cento), Fundão (91,5), Seia (91) e Almeida (89,6). Já Celorico da Beira teve um grau de execução da receita cobrada de 28,6 por cento. Em termos do volume da receita cobrada no ano passado, o Fundão lidera na região, com 75,7 milhões de euros, enquanto Manteigas, com 5,9 milhões (menos 1,4 por cento que no ano anterior); Belmonte, também com 5,9 (menos 10,2 por cento); e Fornos de Algodres, com 6,2 milhões (mais 7,7 por cento) foram as edilidades com menor volume da receita cobrada em 2013. Nesse ano, o Fundão tinha o maior volume de despesas realizadas (compromissos assumidos) na região: 78,8 milhões de euros (53,9 milhões em 2012). Manteigas registou o menor volume de despesas realizadas, com 6,7 milhões, o que representa mesmo assim um aumento de 383.783 euros relativamente ao ano anterior. Outro critério em que o desempenho do Fundão voltou a ser melhor foi no volume de despesa paga, que, no caso da “capital da Cova da Beira”, é o maior dos 17 municípios analisados pelo jornal O INTERIOR com 73,3 milhões de euros pagos – em 2012 tinham sido liquidados 28,9 milhões. Pelo contrário, Manteigas, Fornos e Belmonte apresentaram o menor volume de despesa paga, respetivamente 5,9 milhões de euros; 6,3 e 6,6 milhões. Em termos dos encargos com a dívida, Seia pagou no ano passado mais de 2,9 milhões de euros em juros e outros encargos financeiros, o que representa menos 17 por cento do que em 2012. A seguir surgem o Fundão, com cerca de 1,9 milhões (+ 15,4 por cento) e a Guarda, com perto de 1,8 milhões (+66,7 por cento). O Fundão (6,7 milhões de euros), a Guarda (6,4 milhões) e a Covilhã (4,8 milhões) foram os municípios com maior volume de amortizações de empréstimos em 2013.


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