Alunos de Celorico da Beira plantam mil árvores em área ardida do concelho

Trezentos e sete alunos do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico de Celorico da Beira vão plantar mil árvores, na sexta-feira, numa área do concelho que foi dizimada pelos incêndios florestais, foi anunciado.

Na ação de reflorestação, organizada pela Câmara Municipal de Celorico da Beira, serão plantadas as primeiras mil árvores de um total de 15 mil oferecidas pela Assistência Médica Internacional (AMI) no âmbito do projeto Ecoética.

Durante a ação de plantação, que vai decorrer entre as 10 horas e as 12 horas de sexta-feira, os alunos irão plantar mil pés de carvalho negral, num terreno da autarquia localizado nas imediações da futura zona industrial, na União de Freguesias de Celorico da Beira.

“O local foi escolhido porque carece de árvores, que foram dizimadas pelos incêndios florestais ao longo de anos”, referiu à agência Lusa o presidente da autarquia, José Monteiro.

Segundo o autarca, a iniciativa, que é coordenada pelo município, também evolve a Cooperativa Florestal Celflor, que colabora com a cedência de dez sapadores florestais.

A ação de reflorestação, realizada no âmbito do programa Eco Escolas, do qual o município de Celorico da Beira é parceiro, envolverá 251 crianças que frequentam o 1.º ciclo do ensino básico e 56 do ensino pré-escolar.

José Monteiro disse tratar-se de um projeto “importante” por permitir criar novas zonas verdes naquele município, que anualmente é atingido pelos incêndios florestais.

O autarca explicou que as crianças das escolas locais foram envolvidas na iniciativa para “terem uma noção da importância da floresta” não só para o concelho, “mas também para o país”.

As restantes árvores que irão ser entregues à autarquia pela AMI serão plantadas na mesma zona, onde o município pretende criar um “projeto-piloto” na área da reflorestação.

O projeto Ecoética foi lançado pela AMI em abril de 2011 com o objetivo de dar resposta às necessidades de conservação da natureza e de ordenamento do território em Portugal.

Segundo a AMI, o Ecoética pretende reabilitar mais de 1.000 hectares de terrenos devolutos, ardidos ou degradados, localizados em todo o território nacional, em parceria com associações florestais e câmaras municipais e com o financiamento e envolvimento de empresas e de cidadãos.


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