Livro de visitas do Museu do Côa deu "sinal de esperança" a Marcelo Rebelo de Sousa (atualizada)

O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa considerou hoje “um sinal de esperança” o facto de ter assinado o livro de visitas do Museu do Côa imediatamente a seguir ao Presidente da República, Cavaco Silva.

“É um sinal de esperança, veremos se se concretiza daqui a 12 dias”, disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas no final de uma visita ao museu, que habitualmente está encerrado à segunda-feira, mas que abriu hoje especialmente para o candidato.

Outra curiosidade foi Aníbal Cavaco Silva ter visitado o Museu do Côa a 12 de dezembro do ano passado, dia de aniversário de Marcelo Rebelo de Sousa.

“É um bom começo, vamos lá a ver se o fim corresponde ao começo”, acrescentou.

No livro de visitas, Marcelo Rebelo de Sousa deixou a mensagem: “uma paisagem de liberdade de como a arqueologia e a arte se entrelaçam ou mesmo como a utopia comanda a vida e vence e ceticismo apresentado como realismo”.

O antigo líder do PSD criticou os discursos que ultimamente têm alertado que se deve ter “cuidado com a utopia e o sonho” e defendem “o realismo, os pés assentes na terra”.

“Se não tem havido sonho e utopia, não tinha havido este museu”, frisou.

Já o paralelo com o sonho do socialista António Costa, considerou “preferível não o fazer”, por entender que, “até à tomada de posse no dia 09 de março, tudo o que sejam considerações sobre o relacionamento com o Governo são prematuras”.

“Depois disso, se os portugueses me derem o voto, haverá muita ocasião para compatibilizar a utopia com a realidade”, concluiu.

Durante a visita, Marcelo Rebelo de Sousa ficou a conhecer pormenores sobre algumas das gravuras rupestres mais icónicas, de que é exemplo uma cabra pirenaica com duas cabeças, “uma virada para cada lado”, que tem mais de 20 mil anos, explicou o diretor do museu, António Martinho Baptista.

“É impressionante”, afirmou o candidato, considerando uma pena que “alguns artistas contemporâneos não a tenham podido conhecer”, como, por exemplo, Picasso.

Entusiasmado com o que viu, Marcelo Rebelo de Sousa sugeriu a António Martinho Baptista que fosse encontrado um escritor “que apanhasse o espírito do lugar” e “a ideia da contemporaneidade de uma realidade que parece longínqua” para escrever um livro que abranja a componente arqueológica e a artística do Côa.

Depois, ao volante do seu carro, rumou para a cidade da Guarda, para um passeio a pé e contacto com a população.


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