O advogado, que se candidata pela segunda vez à liderança do município, disse hoje à agência Lusa que o faz pelo “sentimento” e pela “obrigação” de contribuir para “reerguer Trancoso”, que, nos últimos quatro anos, com o autarca socialista Amílcar Salvador, “é um verdadeiro marasmo”.
“O executivo não fez obra nenhuma. As que inaugurou – Lagar de Azeite em Freches, instalações Sociais do Desportivo em Vila Franca das Naves, Quartel dos Bombeiros e Tribunal de Trancoso – foram obras do anterior executivo, por ele planeadas e projetadas, ou então do Estado”, justificou.
O social-democrata candidata-se “contra este imobilismo”, entendendo que Trancoso estava numa posição de vanguarda a nível distrital quando o atual executivo do PS tomou posse e “infelizmente, não conseguiu manter” esse estatuto.
O advogado, que desempenha as funções de vereador no atual executivo, lembrou que também esteve na autarquia de Trancoso como vereador durante os 28 anos em que foi presidida pelo social-democrata Júlio Sarmento, que não se recandidatou em 2013 devido à lei de limitação de mandatos.
João Rodrigues disse à Lusa que no período em que o PSD liderou os destinos autárquicos o concelho “foi dotado de uma série de infraestruturas” e foi construída a barragem da Teja, considerada “a maior obra do século em Trancoso”.
“Portanto, o PSD de Trancoso tem obra feita de que se pode orgulhar” e da qual foi “um interveniente ativo”, sublinhou.
A ser eleito presidente da câmara, assume que apostará “em diversas áreas, desde a área social, à agricultura, passando por uma aposta forte no turismo”.
“Trancoso é um território pejado de história que este executivo nunca soube aproveitar. É fundamental estabelecer uma cumplicidade entre os operadores turísticos e a oferta local, para isso há que investir e apoiar a dinâmica local, criando roteiros turísticos no concelho, obrigando que os turistas permaneçam pelo menos durante um fim de semana no município de Trancoso”, disse.
Na vertente económica, considera que “é necessário dinamizar e aproveitar o produto mais valioso do concelho, que é a castanha”, e “prestar muita atenção aos empresários locais”.
Na sua opinião, é ainda preciso “apostar nos jovens e criar uma dinâmica que os permita fixar” em Trancoso.
João Rodrigues considera também necessário intervir na área cultural e na educação, referindo, a título de exemplo, que, na área cultural “não é para fazer festas e gastar em três meses cerca de 500 mil euros, sem qualquer tipo de retorno efetivo”.
No atual executivo municipal de Trancoso, presidido por Amílcar Salvador, o PS tem a maioria, com quatro elementos, e o PSD possui três.
