Turismo de Portugal preside a comissão consultiva de Programa Especial do Parque do Côa

A Comissão Consultiva do Programa Especial do Parque Arqueológico (PEPA) do Vale do Côa vai ser presidida por Lídia Monteiro, em representação do Turismo de Portugal, disse esta quarta-feira a presidente da Fundação Côa Parque, Aida Carvalho.

“O objetivo do PEPA é estabelecer um regime de salvaguarda do património arqueológico do Vale do Côa e a definição de um modelo de desenvolvimento sustentável do território com a valorização dos recursos naturais, da economia rural e o aproveitamento do potencial turístico, cultural e de lazer, dando projeção internacional ao património arqueológico, cultural natural e paisagístico”, explicou à Lusa Lídia Monteiro, após a sessão trabalho que decorreu esta quarta-feira no Museu do Côa.

Outro dos objetivos passa pela promoção e coesão territorial, social e valorização deste território do interior do país que está classificado como Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) desde 1998.

“Este é um desafio que também procurará criar condições para mitigar os riscos sobre o património que o integra, decorrentes das alterações climáticas e da ação humana”, vincou a responsável.

Para Lídia Monteiro, a elaboração do PEPA será fundamental para “a conservação, valorização e gestão do Parque Arqueológico Vale do Côa”.

Para o efeito, foi estabelecido um protocolo de cooperação técnica e financeira com o Fundo Ambiental, no valor de 129.600 euros.

A elaboração do programa conta a colaboração técnico-científica de uma equipa multidisciplinar da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), liderada pelo professor universitário Ricardo Bento.

“Este instrumento de gestão territorial é fundamental para o Vale do Côa e surge com um atraso de 25 anos”, vincou Aida Carvalho.

O Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) detém mais de mil rochas com manifestações rupestres, identificadas em mais de 80 sítios distintos, integrados nos 24 bens classificados, sendo predominantes as gravuras paleolíticas, executadas há cerca de 30.000 anos, “cada vez mais expostas a adversidades climatéricas, geológicas e antropomórficas”.

O PAVC foi criado 1997 e no mesmo ano, a arte do Côa, foi classificada como Monumento Nacional em 1997. No ano seguinte, obtive o estatuto de Património da Humanidade pela UNESCO.


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