Trancoso recorre a fundos comunitários para recuperar antigo Palácio Ducal

O presidente da Câmara Municipal de Trancoso, Amílcar Salvador, anunciou hoje que a autarquia vai candidatar a fundos comunitários a obra de recuperação do antigo Palácio Ducal da cidade, datado do século XVIII.

O autarca socialista disse hoje à agência Lusa que o edifício, localizado no interior das muralhas de Trancoso, foi comprado em 2014 pelo município, por 350 mil euros, para ser recuperado e funcionar como espaço de arte e de negócios.

A Câmara Municipal espera candidatar a recuperação do imóvel e a sua adaptação a novas funções ao Portugal 2020, prevendo o presidente que o investimento global seja na ordem de 1,5 milhões de euros.

“Aguardamos agora por uma candidatura de forma que, muito em breve, possamos ter, de facto, ali um espaço digno”, declarou.

Amílcar Salvador reconhece que o imóvel “é um edifício ex-líbris de Trancoso” e vaticina que quando for recuperado “vai ser vital para Trancoso, para a cidade, para o comércio, e vai dar uma vida enorme, uma dinâmica muito maior a Trancoso”.

O autarca adiantou que o município aceita sugestões para os conteúdos do futuro projeto a desenvolver no antigo Palácio Ducal, mas já tem “uma ideia muito clara para aquele espaço, no sentido de ser um espaço de arte e [de] negócios”.

“No primeiro andar terá que ter obviamente espaços de museus” ligados às Bodas Reais (de Dom Dinis com Isabel de Aragão), à Batalha de Trancoso (travada em 29 de maio de 1385, entre forças portuguesas e castelhanas), ao sapateiro-profeta Bandarra, aos quadros da pintora Eduarda Lapa e ao espólio da professora e investigadora Emília Tracana, explicou.

O autarca preconiza que no edifício também poderá haver salas de reuniões, conferências, um auditório, espaços comerciais ou uma estalagem.

“Iremos lançar agora o procedimento para a elaboração do projeto e depois veremos” a ocupação dos espaços do imóvel histórico, rematou.

A autarquia de Trancoso tem em fase de finalização uma pequena empreitada, justificada por razões de segurança, no valor de cerca de 27 mil euros, relacionada com obras de demolição do telhado do antigo Palácio Ducal, consolidação das paredes e remoção de entulho, entre outras intervenções.


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