“A Comissão Europeia pediu-nos para olharmos para os programas educativos e resultados educativos que são esperados, uma vez que aquilo que se verifica é que tendo o mesmo ensino oficial neste tipo de instituições os resultados obtidos são muito inferiores àquilo que acontece numa escola de um meio normal, isso é evidente quando olhamos para as taxas de reincidência e verificamos que muitos dos jovens retornam ou regressam a atividades ilícitas”, explica Pedro Neves, da empresa IPS (Innovative Prision Sistems) que desenvolve o projeto em parceria com o laboratório da Universidade da Beira Interior Bsafe Lab num consórcio europeu que envolve outros países, como explica o coordenador do laboratório Nuno Garcia “este projeto tem parceiros de Portugal, Roménia, Reino Unido e Lituânia, é um projeto financiado com pouco mais de um milhão de euros, financiado no quadro do Erasmus + e temos esperança que venham a ser feitas coisas muito interessantes”.
A reunião de arranque decorreu esta segunda-feira na UBI com todos os parceiros que vão agora começar a desenvolver trabalho no terreno “aquilo que vamos fazer são recomendações de política, vamos reunir com as organizações da comunidade, penitenciárias, vamos trabalhar com os centros educativos, mas aquilo que vamos fazer são recomendações de políticas europeias que possam melhorar este particular da educação”.
O projeto, no valor de meio milhão de euros, tem a duração de três anos e visa suprir uma lacuna na agenda europeia onde não existe um entendimento comum sobre a educação e o ensino em contexto de justiça juvenil.