Sessenta enfermeiros em manifestação espontânea na Guarda

Tratou-se de “uma ação espontânea” que visou demonstrar publicamente que os profissionais que prestam serviço no distrito, também estão empenhados na luta de âmbito nacional.

Sessenta enfermeiros da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda manifestaram-se hoje naquela cidade, no âmbito da greve daqueles profissionais que está a decorrer esta semana a nível nacional.

Segundo o enfermeiro Rui Paixão, tratou-se de “uma ação espontânea” que visou demonstrar publicamente que os profissionais que prestam serviço no distrito da Guarda também estão empenhados na luta de âmbito nacional.

A concentração ocorreu na Alameda de Santo André, junto da entrada para o Parque da Saúde da Guarda, onde se localiza o Hospital Sousa Martins e outros serviços associados à ULS local.

Os manifestantes estavam vestidos de negro e exibiam cartazes e tarjas com mensagens como “enfermeiros unidos”, “35 horas já”, “basta”, “juntos somos mais fortes” e “respeito, dignidade, igualdade”.

Rui Paixão disse aos jornalistas que os problemas dos enfermeiros da Guarda também “tocam” os de “todos os colegas a nível nacional”.

Sobre o balanço da adesão à greve ao nível dos serviços da ULS, Rui Paixão avançou que tem sido elevada e “a rondar os 85%”.

Disse que os enfermeiros estão a assegurar os serviços mínimos e que foram canceladas cirurgias que não eram urgentes e algumas consultas, mas “nada que ponha em causa a saúde dos utentes”.

A presidente do Conselho de Administração da ULS da Guarda, Isabel Coelho, disse aos jornalistas, à margem da conferência de imprensa de apresentação do programa das Jornadas Ibéricas do Ombro (a realizar a 30 de setembro) e do III Congresso VMER da Guarda (dias 29 e 30) que “os serviços de internamento têm sido os mais afetados” pelo protesto dos enfermeiros.

Segundo Isabel Coelho, a greve na ULS ronda os 37% e ao nível do serviço de cirurgia “não tem havido grande adesão”.

Sublinhou ainda que “todos os serviços mínimos têm sido assegurados” e que a greve também se “nota mais” em “dois ou três centros de saúde” do distrito.
A ULS da Garda abrange dois hospitais (Guarda e Seia) e 13 centros de saúde do distrito (exceto o de Aguiar da Beira).
A greve, marcada pelo Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE) e pelo Sindicato dos Enfermeiros (SE), começou às 00:00 de segunda-feira e decorre até às 24:00 de sexta-feira.
A paralisação foi marcada como forma de protesto contra a recusa do Ministério da Saúde em aceitar a proposta de atualização gradual dos salários e de integração da categoria de especialista na carreira.


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