O também presidente da Câmara de Sernancelhe sublinhou que a CIM Douro já delineou a estratégia para a região, no primeiro mandato, objetivos que espera ver concretizados com a ajuda do novo quadro comunitário de apoio, o Portugal 2030, ou do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Continuamos muito vincados na ampliação da Linha Ferroviária do Douro até Barca de Alva, é esta a nossa ambição, temos este compromisso que está em curso no estudo que está a ser feito na comissão de trabalho”, salientou.
Em maio foi formalizado o grupo de trabalho que vai estudar e definir o modelo de reabertura do troço da Linha do Douro, entre o Pocinho e Barca d’Alva, devendo apresentar as conclusões em 14 meses.
Este grupo vai estudar e delinear o modelo de reabertura do troço ferroviário de 28 quilómetros que foi encerrado em 1988, é coordenado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), e junta ainda dois autarcas, em representação da Comunidade Intermunicipal do Douro e elementos da Infraestruturas de Portugal (IP).
“Queremos continuar a insistir na construção do Itinerário Complementar 26 (IC26), nesta ligação rodoviária que é fundamental para o nosso território, e na valorização, obviamente, da Via Navegável do Douro, entre muitos projetos que nós temos definidos no nosso plano e que vão ao encontro dos objetivos da Comissão Europeia para a coesão”, frisou.
É por isso que disse que a CIM Douro está “a lutar” e salientou que não vai “desviar o foco daquilo que é a essência do que foi discutido e foi aprovado”.
“Obviamente que a CIM do Douro estará com os 19 autarcas muito empenhados em perceber os avisos, em ter projetos de imediato, para poder trazer para o território o investimento que tanto nós precisamos, procurando a verdadeira coesão territorial. É para isso que os fundos comunitários servem, para criar coesão no território e não acentuar cada vez mais as assimetrias a que todos temos assistido”salientou.
Carlos Silva Santiago foi reeleito numa reunião extraordinária, que decorreu terça-feira, para um novo mandato de quatro anos e vai ter como vice-presidentes Nuno Gonçalves, presidente da Câmara de Torre de Moncorvo (que ocupou esta função de vice-presidente da CIM Douro no mandato anterior) e Luís Machado, presidente da Câmara de Santa Marta de Penaguião.
Para além do conselho intermunicipal, são órgãos da comunidade intermunicipal a assembleia intermunicipal, o secretariado executivo intermunicipal e o conselho estratégico para o desenvolvimento intermunicipal.
Para o secretariado executivo intermunicipal foi eleita a lista liderada por Domingos Carvas, ex-presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, ocupando João Rodrigues o cargo de segundo secretario executivo intermunicipal.
Fazem parte da CIM Douro os municípios de Alijó, Armamar, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Lamego, Mesão Frio, Murça, Peso da Régua, Moimenta da Beira, Penedono, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Tabuaço, Tarouca, Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa e Vila Real.