Durante essa semana, a comunidade escolar local será convidada a refletir sobre o funcionamento do comportamento animal enquanto constrói, observa e manipula robôs que se assemelham a criaturas vivas. No último dia decorre um laboratório de robótica, cibernética e neurociências, aberto ao público em geral, a acontecer no Pavilhão dos Desportos.
Esta iniciativa será desenvolvida em colaboração com uma empresa de tecnologia sediada em Londres, a NeuroGEARS, que desenvolve trabalho nas áreas das Neurociências, Jogos, Interação e Robótica.
Descodificar como o cérebro gera comportamento ou como o comportamento emerge das leis físicas é o ponto de partida desta iniciativa para aumentar a conscientização da importância do cérebro junto das comunidades locais do interior de Portugal, convidando alunos e professores e a restante comunidade a criar, desenhar e manipular o cérebro de criaturas artificiais.
De 12 a 16 de março, serão dinamizados diariamente workshops para alunos dos ensinos básico e secundário com o objetivo de construir robôs que respondem a diversos estímulos, como luz ou temperatura. Durante este processo, os participantes poderão percecionar como o comportamento e o movimento derivam de regras simples e como as suas criações robóticas poderão relacionar-se com circuitos neurais já identificados em alguns animais.
No dia 17 de março, decorrerá durante todo o dia o laboratório de robótica, cibernética e neurociências destinado ao público em geral, onde os participantes serão desafiados a construir robôs e a configurar as ligações do seu cérebro, para de seguida observarem o comportamento resultante.
Esta iniciativa em torno da Semana Internacional do Cérebro é financiada pela organização privada filantrópica americana Dana Foundation e pela Federação das Sociedades Europeias de Neurociências (FENS), que promovem o desenvolvimento da investigação sobre o cérebro. A Semana Internacional do Cérebro assume-se como uma campanha global sobre o cérebro, reunindo uma rede de organizadores com desenvolvimento de iniciativas e eventos à escala mundial.
A Plataforma de Ciência Aberta é o primeiro centro da rede internacional Open Science Hub (OSH) e tem como objetivo aproximar a ciência, a tecnologia e a inovação do quotidiano das comunidades locais e regionais. Foi criada no âmbito de um protocolo que junta o Município de Figueira de Castelo Rodrigo e a Universidade de Leiden (Holanda) numa rede global de parceiros de vários países europeus.