Museus de Belmonte com mais 28% de visitas. Guerra gera cancelamentos

O presidente da EMB aludiu ao peso do turismo na economia local, nomeadamente “no comércio, na restauração, na hotelaria”.

Em declarações à agência Lusa, Joaquim Costa, da Empresa Municipal de Belmonte, sublinhou que, desde a quebra verificada aquando da pandemia, o número de turistas tem vindo todos os anos a aumentar, mas acrescentou que após a guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas algumas visitas programadas foram desmarcadas.

“Tínhamos muitas marcações, também já para este ano, mas em outubro dez grupos agendados não vieram, por causa da guerra, e em novembro houve menos 32% de entradas em relação a 2022”, adiantou Joaquim Costa à Lusa.

Além dos portugueses, que representam a maior fatia dos visitantes, os israelitas são os estrangeiros que mais procuram Belmonte, no distrito de Castelo Branco, onde existe uma comunidade judaica, seguida dos brasileiros e dos norte-americanos e espanhóis.

Segundo o responsável pela Empresa Municipal, o Museu Judaico é o mais visitado do concelho, com 28 mil entradas em 2023, seguido do Castelo da vila, onde entraram 26 mil pessoas, e do Museu dos Descobrimentos, procurado por 17 mil pessoas.

“Só espero que a guerra acabe o mais rapidamente possível, porque teve impacto”, frisou Joaquim Costa.

O presidente da Empresa Municipal de Belmonte (EMB) explicou que enquanto os brasileiros manifestam particular interesse pelo local de nascimento de Pedro Álvares Cabral, e pela temática relacionada, israelitas e norte-americanos procuram especialmente a localidade “onde uma comunidade judaica sobreviveu, praticando o criptojudaísmo, e ainda existe”.

O responsável mencionou as muitas visitas escolares e pormenorizou que os portugueses representaram 70 mil dos visitantes em 2023, a que se seguiram nove mil israelitas, 8.300 brasileiros e 7.700 cidadãos dos EUA.

De acordo com Joaquim Costa, a expectativa é a de que “no final deste ano se atinjam os números de 2019, antes da pandemia, 139 mil” turistas.

O presidente da EMB aludiu ao peso do turismo na economia local, nomeadamente “no comércio, na restauração, na hotelaria”.

“Os museus fecham à segunda-feira e o comércio também encerra à segunda-feira”, ilustrou Joaquim Costa.


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