"Ilustre cidadão". Fundão manifesta pesar por José Alberto Oliveira

Nota Pesar Fundao

A Câmara do Fundão manifestou hoje pesar pela morte do poeta, tradutor e médico José Alberto Oliveira, “ilustre cidadão do concelho”.

“O município do Fundão manifesta publicamente o pesar pelo falecimento, aos 71 anos de idade, de José Alberto Oliveira, poeta, tradutor e médico cardiologista”, transmitiu hoje esta autarquia do distrito de Castelo Branco, em comunicado.

Natural de Souto da Casa, aldeia no sopé da serra da Gardunha, nos arredores do Fundão, José Alberto Oliveira, cardiologista de formação, publicou pela primeira vez no “Anuário de poesia de autores não publicados”, da Assírio & Alvim, em 1984.

A autarquia endereçou condolências à família e amigos do poeta.

“O município do Fundão apresenta sentidas condolências à família e amigos deste ilustre cidadão do concelho”.

Segundo a mesma nota da autarquia, o primeiro livro de poesia do fundanense, “Por alguns dias”, foi editado em 1992, tendo escrito ainda “O que vai acontecer?”, “Peças desirmanadas e outra mobília”, “Mais tarde”, “Bestiário”, “Nada tão importante que não possa ser dito”, “Tentativa e erro”, “Como se nada fosse”, “De passagem” e “Rectificação da linha geral”.

José Alberto Oliveira traduziu alguns autores, como W.H. Auden, Russel Edson, Frank O’Hara, Edgar Allan Poe, Li Shang-yin, Charles Simic ou Mark Twain.

José Alberto Oliveira morreu no domingo à noite, aos 71 anos, vítima de uma septicemia, no Hospital de São José, em Lisboa, informou na segunda-feira a editora Assírio & Alvim, que publicava a sua obra.

Segundo a mesma fonte, o médico, poeta e tradutor encontrava-se já internado há algum tempo, acabando por desenvolver uma septicemia que conduziu à sua morte.

O velório terá lugar na Capela Mortuária da Igreja de Fátima, em Lisboa, a partir das 11 horas de hoje, e o funeral sairá às 09 horas de quarta-feira para o Cemitério dos Olivais, onde o corpo será cremado, acrescentou a editora.

O Presidente da República lamentou na segunda-feira a morte de José Alberto Oliveira, que recordou como um poeta de registo “quotidiano, mas não trivial, tecnicamente seguro, mas sem querer dar nas vistas, disfórico, irónico”.


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