Celorico da Beira apresenta orçamento de 19 ME

Celorico

O valor para este ano representa um acréscimo de quase seis milhões de euros, relativamente a 2023, ano em que o orçamento se fixou nos 13,5 milhões de euros.

A Câmara Municipal de Celorico da Beira, no distrito da Guarda, tem para este ano um orçamento de 19 milhões de euros, que marca o arranque do novo quadro comunitário com investimentos para executar nos próximos anos.

O executivo do PSD, liderado por Carlos Ascensão, apresentou o documento como sendo “de transição entre os projetos que estavam previstos no último quadro comunitário e que já estão quase todos concluídos e o arranque da execução do novo quadro comunitário de apoio com novos investimentos para executar nos próximos anos”.

O valor para este ano representa um acréscimo de quase seis milhões de euros, relativamente a 2023, ano em que o orçamento se fixou nos 13,5 milhões de euros.

O orçamento para 2024 prevê algumas dívidas antigas “ainda pendentes que não puderam ser pagas através do saneamento financeiro”, como são os casos de uma dívida à ADSE e à empresa Águas do Vale do Tejo.

O documento inclui investimentos que resultam de candidaturas apresentadas no âmbito do Centro 2030, “sendo que alguns ainda não têm financiamento aprovado”, mas “os valores serão atualizados à medida que forem aprovadas as candidaturas”.

O executivo do PSD destaca no orçamento que o município “tem de se preparar para novos desafios, tais como a transferência de competências, a transição digital e a nova conjuntura económica, havendo a necessidade de uma reestruturação profunda no funcionamento do município e dos respetivos serviços prestados à população”.

E, por isso, “é necessário contratar pessoal qualificado para garantir o funcionamento de novas valências e serviços municipais, melhorar a estrutura orgânica do município”.

Os eleitos do PSD destacam ainda que o novo quadro comunitário “traz novas oportunidades de investimento” que serão aproveitadas para “requalificar diversos edifícios municipais, caso as respetivas candidaturas sejam aprovadas”.

“São investimentos essenciais para que se dê melhores condições aos funcionários, aos munícipes, a quem nos quer visitar e a quem quiser investir no nosso território”.

Para 2024, o executivo decidiu manter as taxas do IMI de 0,4% para prédios urbanos e 0,8% para prédios rústicos. A participação variável do IRS fixada em 4% e a derrama em 1,5%.

O orçamento para 2024 foi aprovado por maioria com os votos contra dos vereadores do PS, José Albano Marques e Maria Teresa Cunha. Os eleitos socialistas entendem que “ao fim destes anos o orçamento não reflete qualquer investimento que possa atrair e que possa criar condições quer para quem reside, quer para quem possa optar por residir em Celorico”.

José Albano Marques salientou à Lusa que “acima de tudo falta ambição de concretizar um projeto que supostamente foi sufragado e que mereceu o apoio da maioria dos celoricenses”.

“Não vemos em prática esse projeto, muito menos neste orçamento. Optámos por votar contra”, justificou José Albano Marques.

O autarca socialista critica ainda o facto de estarem contemplados projetos que não estão aprovados. “É um orçamento virtual completamente desajustado daquilo que vai acontecer e estar a falar de projetos que ainda não foram aprovados acaba por estar a desvirtuar o documento”, argumenta o vereador.


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