Segundo o partido, os deputados, através da Assembleia da República, questionaram a ministra da Saúde sobre “quando serão retomadas as cirurgias oftalmológicas” na ULS da Guarda.
O CDS-PP também pergunta ao Governo se “está, pelo menos, a ser garantido o encaminhamento dos utentes para SIGIC (Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia)”.
A posição do partido surge porque “desde há alguns meses que não são propostos ou inscritos doentes para cirurgia oftalmológica” na ULS da Guarda.
“Esperava-se que, com a tomada de posse do novo Conselho de Administração, a situação pudesse ser alterada e a população servida pela ULS da Guarda pudesse voltar a contar com todos os tratamentos de que necessita, nomeadamente este da área de oftalmologia”, lê-se.
O CDS-PP sublinha no documento que, “infelizmente, a decisão de não inscrever mais doentes para cirurgia oftalmológica foi agora reiterada e sem prazo para o regresso à normalidade da prestação de cuidados”.
“O serviço de oftalmologia é um dos mais carenciados da ULS da Guarda, tendo perdido seis especialistas no último ano e meio”, aponta.
O partido refere que não aceita “mais um ataque ao setor da saúde no interior do país e entende, por isso, ser urgente obter esclarecimentos” por parte da ministra da Saúde.
A Comissão Política Distrital do CDS-PP da Guarda também emitiu um comunicado onde refere que o novo Conselho de Administração da ULS, liderado por João Barranca, que iniciou funções no dia 02 de novembro, começou “muito mal”.
“Quando as expectativas dos utentes do distrito da Guarda iam no sentido de que a nova administração assumisse funções com o desígnio de dar resposta aos problemas acumulados ao longo dos últimos anos, eis que uma das primeiras decisões dos novos responsáveis da Saúde vai no sentido de castigar ainda mais os já castigados doentes oftalmológicos da ULS Guarda, ao impedir os médicos do serviço de oftalmologia de os inscreverem para intervenções cirúrgicas”, salienta o partido.
A estrutura distrital do CDS-PP manifesta “o seu mais veemente protesto contra o despacho que impede a inscrição para cirurgia oftalmológica dos utentes do distrito da Guarda, no Hospital Sousa Martins”.