“Este é um passo de gigante para a nossa comunidade. O projeto prevê a realização de diversas ações nestas comunidades [migrantes e de etnia cigana], sempre com o objetivo da integração”, afirmou Fátima Santos, a coordenadora do projeto.
Esta responsável, que falava durante uma conferência de imprensa para a apresentação do “InterCooLturas”, explicou que o projeto é composto por uma equipa de mediadores para facilitar a integração e criar pontes entre as diversas culturas.
“Queremos promover a convivência pacífica. Não queremos fazer de conta. Queremos capacitar as pessoas e criar também responsabilização. Esse é o único caminho”, frisou.
O projeto “InterCooLturas”, contemplado com cerca de 200 mil euros, decorre até ao final de dezembro de 2021, e abrange várias centenas de pessoas migrantes e de etnia cigana.
Resulta de uma candidatura feita pelo município de Castelo Branco e tem como parceira a Amato Lusitano – Associação de Desenvolvimento.
Os objetivos passam pela promoção de redes e parcerias capazes de criar pontes entre cidadãos e instituições, unindo as diferentes sensibilidades, prevenindo o conflito ou, quando necessário, atuando sobre o mesmo numa atitude mediadora entre as partes.
Além disso, pretende-se sensibilizar a sociedade para a discriminação e promover a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos, bem como promover os cuidados de saúde existentes ao dispor da comunidade.
Pretende ainda promover o conhecimento e as especificidades da cultura cigana e migrante, reduzir o abandono e o absentismo escolar dos jovens, sobretudo nas famílias com raparigas ciganas, como forma de potenciar a sua integração profissional e social.
O vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, José Alves, explicou que esta é uma oportunidade para fazer algo pelas pessoas de etnia cigana e migrantes.
“Todos somos importantes para desenvolver esses esforços. É uma responsabilidade de todos, em conjunto. Se conseguirmos fazer alguma coisa, já estamos a atingir objetivos. É uma oportunidade de dar passos em frente e a ambição de ir mais longe”, disse.
O autarca realçou o papel que os mediadores vão ter no terreno na criação de pontes e na implementação de atividades.
Já o presidente da Amato Lusitano, Arnaldo Brás, considerou que este é o projeto que faltava e que faz parte da estratégia que a associação tem vindo a desenvolver ao longo dos anos.
“Com este projeto, temos a esperança de que iremos ter sucesso”, concluiu.