Câmara Municipal de Trancoso tem orçamento de 22,9 ME para 2024

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O autarca salientou que a gestão do executivo municipal irá continuar a assentar a sua atuação em áreas fundamentais como as pessoas, economia, património e cultura.

A Câmara Municipal de Trancoso, no distrito da Guarda, tem para 2024 um orçamento de 22,9 milhões de euros, com o qual o executivo socialista pretende prosseguir com uma “gestão assente nas pessoas, na economia, património e cultura”.

Aprovado por maioria com o voto contra dos dois vereadores do PSD, João Carvalho e Cristóvão Santos, o documento representa um acréscimo de cinco milhões relativamente a 2023 (18,1 milhões de euros).

O presidente da Câmara, Amílcar Salvador, defendeu que o orçamento irá permitir “concretizar investimentos importantes em colaboração com todas as entidades do concelho e com todos os trancosenses”.

Na apresentação do documento, o autarca salientou que a gestão do executivo municipal irá continuar a assentar a sua atuação em áreas fundamentais como as pessoas, economia, património e cultura.

Amílcar Salvador destacou a construção de habitação para arrendamento acessível, a melhoria das condições de habitação para famílias carenciadas e a requalificação do parque escolar.

Mencionou a dinamização do Espaço Trancoso Invest, a disponibilização de lotes na Área de Acolhimento Empresarial de Trancoso e a regularização da Zona Industrial da Ribeirinha.

Assegurou que o município vai continuar a apostar nos grandes eventos culturais e comerciais “dinamizadores da economia local”.

Na área do património destacou a requalificação do Palácio Ducal para Museu da Cidade, a intervenção nas Muralhas de Trancoso, a musealização do Castelo de Trancoso e a conclusão do Centro Interpretativo da Necrópole de Moreira de Rei.

Para 2024, a Câmara de Trancoso decidiu manter a taxa mínima de IMI e os descontos previstos na lei em função dos agregados familiares. Vai continuar também a devolver aos munícipes a participação de 5% a que teria direito por lei pelo IRS.

O vereador do PSD João Carvalho considerou que nos últimos 10 anos os orçamentos “parecem todos iguais, porque as obras são sempre as mesmas” e apresentam de “forma repetitiva uma série de obras que não são executadas”.

“Temos um conjunto de obras que ciclicamente vêm em orçamento, mas depois não são executadas. Por isso decidimos votar contra este orçamento como chamada de alerta para que a Câmara tenha orçamentos muito mais realistas”, argumentou o autarca à agência Lusa.

O eleito do PSD salientou que são obras “importantes e urgentes”, dando o exemplo de várias ETAR nas freguesias, redes de água e saneamento, as obras de requalificação do Parque Municipal e a ampliação do cemitério de Trancoso.

João Carvalho reconheceu que o projeto da requalificação do Palácio Ducal, para ser transformado em Museu da Cidade, “é importantíssimo e vital para Trancoso”, mas lamentou que ainda não se tenha ideia dos conteúdos que se vão alocar.


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