Câmara do Fundão com Plano Municipal para a Integração de Migrante

A Câmara do Fundão criou um Plano Municipal para a Integração de Migrantes, que inclui ações destinadas aos estrangeiros que já vivam ou se fixem no concelho, bem como para os emigrantes e lusodescendentes.

O documento já foi aprovado, por unanimidade, em reunião do executivo, e deverá ser desenvolvido nos próximos três anos, segundo explicou o presidente deste município do distrito de Castelo Branco, Paulo Fernandes.

“Nós hoje somos um território que, para além da emigração, também tem imigração e, como tal, temos um conjunto de medidas da formação, do acolhimento e da capacitação para essas pessoas se sentirem o mais integradas possível”, apontou.

Especificando que o concelho já tem cerca de 500 estrangeiros residentes e que a este número se juntam ainda outros tantos trabalhadores temporários que se estima que todos os anos por ali passam para participar em atividades sazonais como a apanha de fruta, Paulo Fernandes frisou que o município já tem vindo a desenvolver algumas ações que visam melhorar as condições de acolhimento e facilitar a integração das pessoas, sendo que este plano pretende ir mais além.

Entre as ações previstas estão, por exemplo, os cursos de português que já têm vindo a ser realizados neste concelho e que deverão ser intensificados.

Junta-se-lhes o apoio para processos “sócio-administrativos” nacionais, que é uma das principais dificuldades apontadas pelos estrangeiros.

Além disso, está ainda prevista a criação de mediadores, pessoas que conheçam bem e possam estabelecer a ponte com realidades, culturas e religiões diferentes.

Estão ainda previstas medidas que visam o reforço do Centro de Acolhimento para Trabalho Temporário, que funciona no antigo Seminário, além da componente da formação técnica para os funcionários do município.

No que concerne à comunidade emigrante, o plano tem como principal objetivo promover a ligação com os fundanenses que vivem no estrangeiro, fomentando soluções para ajudar estas pessoas no contacto (afetivo, legal e burocrático) que mantêm com o país.

“Queremos aproximar ainda mais a nossa diáspora do que é aquilo que é a sua terra natal e afetiva, sem esquecer os filhos destes e os que já regressaram”, apontou Paulo Fernandes.

Este plano também reforça a rede de parcerias com várias entidades, entre as quais a Universidade da Beira Interior.

A execução das ações decorrerá nos próximos três anos e tem inscrita uma verba de cerca de 130 mil euros e será ainda apresentada uma candidatura ao Alto Comissariado para as Migrações.


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