A abertura do novo ano letivo na Escola de Música de Belmonte está condicionada pelos cortes que o Ministério da Educação levou a cabo no ensino artístico e que obrigam a retirar das turmas, crianças que já estavam inscritas. Neste momento, “a escola poderá não ter capacidade, face às verbas que recebe, de poder administrar esse ensino” refere Dario Gonçalves. Foram matriculados 144 alunos, mas 53 alunos poderão ter o seu lugar em risco na Escola de Música de Belmonte.
Perante o cenário, o presidente do Centro de Cultura Pedro Álvares Cabral diz que já contestou o contrato patrocínio mas os resultados definitivos só serão conhecidos a 28 de setembro. “Não é uma situação boa para nenhuma escola” acrescenta Dario Gonçalves.
Uma situação que preocupa o presidente da Câmara Municipal de Belmonte que confessa não se mostrar “muito otimista numa reviravolta daquilo que já foi anunciado, vamos ponderar com a escola aquilo que poderemos fazer”. Lamenta profundamente essa situação “é inadmissível a politica que o Governo está a tomar, continuamos com as políticas economicistas em áreas fundamentais como é a educação e a saúde, não entendo e espero que os portugueses também…façam o que têm que fazer”.
O presidente do Centro de Cultura Pedro Álvares Cabral em Belmonte afirma que as escolas foram confrontadas no final do passado mês de agosto, com os resultados provisórios das candidaturas do contrato patrocínio e verificaram “sem qualquer justificação ou critério por parte do Ministério, um corte cego que se traduz na supressão do acesso de grande número de alunos que atempadamente efetuaram a sua matricula”.
Uma situação que vem “comprometer toda a dinâmica e trabalho da instituição, que já avançou com os pólos de Manteigas e do Sabugal”, e que espelha “o desprezo do Ministério da Educação por todos aqueles que ao longo de décadas têm feito um trabalho no sentido de proporcionar o ensino artístico”.
O presidente da instituição está a informar os encarregados de educação desta situação que poderá deixar de fora do ensino artístico 53 dos 144 alunos que já estão matriculados na Escola de Música de Belmonte, depois de a escola ter tido conhecimento dos valores que iriam receber do Ministério da Educação e Ciência.
Por isso, o Ensino Artístico está hoje em protesto e a Plataforma do Ensino Artístico Especializado está também a planear a realização de concertos de protesto em todas as escolas no dia 1 de outubro, Dia Internacional da Música.
O presidente do Centro de Cultura Pedro Álvares Cabral em Belmonte garantiu que estará a favor de todas as manifestações de protesto que possam levar à resolução deste problema. A abertura do novo ano letivo na Escola de Música de Belmonte está marcada para a próxima segunda-feira.
Esta sexta-feira marcada pela abertura do novo ano letivo para os novos alunos do Agrupamento de Escolas de Belmonte. Na próxima segunda-feira, o ano letivo abre para todos os alunos do agrupamento. O presidente da Câmara Municipal está convicto que o novo ano letivo no concelho irá decorrer dentro da normalidade desejando aos alunos “um ano letivo cheio de sucessos”, tal como tem acontecido “para que daqui amanhã tomem conta dos destinos do município e até quem sabe do País, quem sabe se algum belmontense não virá a ser um grande líder nacional” diz António Dias Rocha.
O agrupamento conta este ano letivo com 630 alunos divididos por 34 turmas, cinco das quais do pré-escolar e dez do primeiro ciclo. As principais novidades passam pela criação de um curso vocacional de informática e gestão de redes no ensino secundário, e o ensino da língua chinesa que vai abranger três turmas nas atividades de enriquecimento curricular do 1ª ciclo, como referiu o director do agrupamento.
David Canelo espera que neste ano letivo os encarregados de educação tenham uma participação mais ativa na vida escolar, “um fator importante no sucesso escolar dos alunos”. No dia 9 de outubro, o agrupamento fará a habitual entrega de diplomas e prémios escolares aos alunos que frequentaram o agrupamento no último ano letivo.