25 abril: Costa assinala que hoje liberdade ultrapassa em longevidade a ditadura

Nesta mensagem, o primeiro-ministro manifestou “gratidão aos que combateram a ditadura e aos militares de Abril que a derrubaram”.

O primeiro-ministro considera que hoje é um dia histórico, assinalando que a democracia nascida em 25 de Abril de 1974 ultrapassa em um dia a longevidade da ditadura resultante do golpe de 28 de maio de 1926.

“Hoje é um dia histórico. Hoje a liberdade ultrapassa os 17.499 dias da ditadura: 17.500 dias em Liberdade”, escreveu António Costa numa mensagem que divulgou na sua conta na rede social Twitter.

Nesta mensagem, o primeiro-ministro manifestou “gratidão aos que combateram a ditadura e aos militares de Abril que a derrubaram”.

“Confiança nas novas gerações que garantem 25 de Abril sempre”, acrescentou.

As comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974 começam hoje com uma sessão solene em que serão condecorados militares da “revolução dos cravos” e na quinta-feira evoca-se a crise académica de 1962.

Hoje, pelas 17 horas, no Pátio da Galé, em Lisboa, haverá uma sessão solene que tem como primeiro momento a condecoração de militares de Abril pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

As três principais figuras institucionais, o Presidente da República, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa, farão a seguir intervenções.

“Não é muito comum momentos de intervenção pelos três, o que dá conta da solenidade e importância do momento”, acentuou em entrevista à agência Lusa o presidente da comissão executiva das comemorações, Pedro Adão e Silva.

Para além da componente solene e institucional, a cerimónia terá também outros momentos, designadamente dirigidos à juventude.

O compositor Bruno Pernadas escreveu uma música original para funcionar como hino dos 50 anos de democracia, e esse tema será interpretado (tal como aconteceu na gravação) por uma formação da Orquestra Geração – um projeto que tenta levar música erudita a contextos sociais considerados mais difíceis.

Alice Neto de Sousa, uma jovem poetisa, irá ler um poema original escrito a propósito dos 50 anos de democracia.

Ainda nesta cerimónia, será encerrada uma cápsula do tempo, contendo um conjunto de objetos e de materiais para serem abertos apenas em 2074, designadamente três cartas escritas por jovens portugueses de hoje, que foram vencedores do concurso de escrita do Plano Nacional de Leitura. Esses jovens vão escrever cartas aos jovens de 2074.

As comemorações dos 50 anos do 25 de Abril vão prolongar-se até dezembro de 2026, quando se assinalar meio século das primeiras eleições autárquicas realizadas em Portugal.


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